Tatuagem de Dilma como diabo é desclassificada em concurso em MG
O desenho de uma tatuagem mostrando o rosto da presidente Dilma Rousseff caracterizada como o diabo, com chifres, dentes de vampiro e ardendo em fogo, foi desclassificado no concurso de tatuagens Poços Tattoo Expo, evento que reuniu 50 profissionais de todo o país no último fim de semana ( 2 e 3 de outubro) no centro cultural Urca, em Poços de Caldas (MG, distante 460 km de Belo Horizonte).
“A tatuagem foi desclassificada porque o tema foi cultura brasileira, segundo os organizadores. "Dilma como diabo é uma coisa mais satírica. Não é cultura brasileira”, afirmou nesta sexta-feira (9) a empresária Rose Freitas, coordenadora do evento - o concurso da melhor tatuagem foi dividido em 21 categorias.
O trabalho realizado por um tatuador que pediu ao UOL para que seu nome não fosse divulgado. Ele disse que se inspirou no trabalho do artista e também tatuador Vítor Gedha Pescara, que fez um desenho do empresário Edir Macedo, bispo da IURD (Igreja Universal do Reino de Deus), como o diabo. “Tive como referência, o trabalho dele (Pescara). Foi uma brincadeira. A tatuagem não teve significado algum, só queríamos um trabalho diferente para apresentar”, disse o tatuador desclassificado.
'Homenagem' à mãe
"Você não gosta de mim, mas sua mãe gosta." Esse foi o espírito que levou o aprendiz de tatuador, André Aladeen, 20, a gravar a imagem da "Dila Diabo" em sua canela esquerda. Ele é de Poços de Caldas e pretende seguir carreira de tatuador. "Foi uma brincadeira com a minha mãe. Ela gosta muito da Dilma e eu não”, disse Aladeen. Ele diz que ela acabou gostando da homenagem.
Na categoria cultura brasileira, os desenhos vencedores foram sobre os temas Bumba Meu Boi, do tatuador Rodrigo Marques Silva, e índios, do tatuador Rodrigo Zanão.
Esta é a terceira edição do Poços Tattoo Expo. Segundo Rose Freitas, que atua há dez anos no segmento de tatuagens - sete anos em Lisboa, em Portugal, e os últimos três anos no município mineiro, a região possui muitos estúdios e profissionais. “O movimento é grande nos dez estúdios de Poços de Caldas”, diz a empresária.
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