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Com RJ em crise, Pezão reduz próprio salário e corta celulares funcionais

Do UOL, no Rio

11/12/2015 16h10

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), anunciou nesta sexta-feira (11) que reduzirá o próprio salário, o do vice, Francisco Dornelles (PP), e de todo o secretariado do Executivo a fim de dar fôlego às contas do governo, que atravessa grave crise econômica. O salário de Pezão será reduzido de R$ 21.868,14 para R$ 19.681,33.

Do pacote de medidas, faz parte a venda de um helicóptero do Estado avaliado em cerca de US$ 3 milhões. Pezão afirmou ainda que todos os celulares funcionais serão cortados. Outras medidas de ajuste financeiro serão implementadas, como fusão de órgãos e extinção de cargos. A proposta será encaminhada para a Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), responsável por analisar possíveis mudanças orçamentárias.

De acordo com o governo do Estado, somente com as reduções salarias, o Rio deve ter uma economia de cerca de 10%. Pezão avalia que, até o fim do ano, as medidas representariam um corte de R$ 300 milhões a R$ 500 milhões.

A situação financeira gravíssima do Estado, causada principalmente pela queda na arrecadação de ICMS e de royalties do petróleo, foi tema de várias reuniões de Pezão no Ministério da Fazenda, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, nos últimos dois dias, em Brasília. O governador confirmou que ainda não tem garantidos recursos para pagamento da segunda parcela do 13º salário dos servidores, prevista para o próximo dia (17). 

A falta de recursos tem afetado principalmente funcionários terceirizados. Em novembro, o chefe do Executivo afirmou que a receita fluminense caiu 16% no mês anterior, levando-o a adiar repasses e pagamentos de fornecedores. A suspensão dos repasses, entre outros problemas, deixou cerca de 20 mil terceirizados sem dinheiro e provocou a interrupção das aulas na Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro). (Com Estadão Conteúdo)