Dilma cancela participação em evento com movimento sociais em Brasília
Na reta final para a votação do processo de impeachment, a presidente Dilma Rousseff cancelou sua participação na manhã deste sábado (16) em evento contra o impeachment organizado por movimentos sociais e sindicais no estacionamento do ginásio Nilson Nelson, em Brasília. Segundo o Palácio do Planalto, a intenção da presidente é usar o dia de hoje para entrar em contato com vários parlamentares e tentar impedir a aprovação do impeachment.
A ideia do ato seria dar uma demonstração de força e incentivar a militância para que eles protestassem contra o "golpe", que é como Dilma tem classificado o pedido de impeachment em tramitação na Câmara dos Deputados e que deve ser votado este domingo (17). O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve comparecer ao evento.
A última semana foi marcada por um acirramento na busca por apoio nos dois lados da disputa. Deputados tanto da oposição quanto da base do governo vem afirmando que teriam o apoio necessário para abrir, ou barrar, o processo de impeachment.
Na sexta-feira (15), apuração do jornal “Folha de S.Paulo” apontou que já haveria maioria para aprovar o impeachment. Mas movimentações políticas no fim do dia retiraram votos pelo impedimento e a posição perdeu força.
Além da própria presidente Dilma e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros e parlamentares da base aliada devem dedicar o sábado a tentar convencer indecisos a votar contra o afastamento da petista.
Diante do pequeno fôlego conquistado por Dilma, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) decidiu voltar a Brasília para comandar de perto as articulações pró-impeachment. O plano inicial do peemedebista era permanecer em São Paulo durante o fim de semana.
Neste domingo (17), a Câmara dos Deputados decide se concede autorização para que o Senado abra processo de impeachment contra Dilma. Se o processo passar na Câmara, onde é preciso 342 votos dos 513 deputados, ele precisa ser votado novamente no Senado, onde são necessários 41 votos entre os 81 senadores.
Uma vez instaurado o processo no Senado, a presidente fica afastada temporariamente de suas funções até que o julgamento seja concluído.
Nesse caso, assume o cargo o vice, Michel Temer, e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), passa a ser o próximo na linha sucessória da Presidência da República.
(Com Estadão Conteúdo)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.