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Roberto Freire renuncia e é 1ª baixa no ministério de Temer após delação da JBS

23.nov.2016 - Presidente Michel Temer (e) cumprimenta Roberto Freire na cerimônia de posse do deputado como novo ministro da Cultura - Divulgação/Beto Barata/PR
23.nov.2016 - Presidente Michel Temer (e) cumprimenta Roberto Freire na cerimônia de posse do deputado como novo ministro da Cultura Imagem: Divulgação/Beto Barata/PR

Leandro Prazeres

Do UOL, em Brasília

18/05/2017 16h55Atualizada em 18/05/2017 22h36

O deputado federal licenciado Roberto Freire (PPS-SP) comunicou nesta quinta-feira (18) sua saída do ministério do presidente Michel Temer (PMDB). O político comandava a pasta da Cultura desde novembro, quando substituiu Marcelo Calero.

Freire apresentou sua renúncia ao ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, nesta tarde. Segundo a assessoria de imprensa do agora ex-ministro, ele já havia informado ao governo que, se o presidente Michel Temer não renunciasse, ele deixaria o cargo. Ainda de acordo com a assessoria, após as revelações da última quarta-feira (17) e a abertura de inquérito contra Temer no STF, não havia mais como permanecer no governo.

Agora, Freire pode retomar seu cargo de deputado federal, do qual se licenciou para tornar-se ministro.

Mais tarde, o líder do PPS na Câmara, Arnaldo Jordy (PA), afirmou que Raul Jungmann (PE) também teria saído do ministério. A avaliação no partido é de que a situação do governo Temer é insustentável. A assessoria de imprensa do ministro da Defesa, porém, negou que ele tenha renunciado ao cargo.

O presidente do PPS é a primeira baixa oficial do governo Temer desde que o jornal O Globo revelou, na quarta-feira, que o presidente foi gravado pelo empresário Joesley Batista, presidente da JBS, autorizando o pagamento de uma mesada para manter em silêncio o ex-deputado Eduardo Cunha, preso em Curitiba. A delação de Joesley foi feita à Procuradoria Geral da República em março deste ano e homologada nesta quinta pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin.

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