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Maia: governo não tem os votos necessários para aprovar reforma da Previdência

15.ago.2017 - Ministros fazem reunião na casa do Presidente da Câmara, Rodrigo Maia - FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
15.ago.2017 - Ministros fazem reunião na casa do Presidente da Câmara, Rodrigo Maia Imagem: FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Luciana Amaral

Do UOL, em Brasília

15/08/2017 13h12

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta terça-feira (15) que o governo não tem o mínimo de votos necessários para aprovar a reforma da Previdência no plenário da Casa.

A declaração foi dada após reunião na residência oficial da Câmara, onde mora, com líderes de bancadas na Casa e os ministros Henrique Meirelles (Fazenda) e Dyogo Oliveira (Planejamento). Eles discutiram a situação fiscal do país e assuntos da pauta econômica, como o Refis e a TLP (Taxa de Longo Prazo).

A reforma da Previdência está pronta para ser votada no plenário da Câmara desde maio, mas está parada por falta de uma maioria ampla a seu favor. Para aprovar a matéria, o Planalto precisa de 308 votos favoráveis dos 513 deputados. Na votação de denúncia contra o presidente da República, Michel Temer, alcançou 263 votos.

“Como nós estamos em um processo de rearticulação da Previdência, com o objetivo de construir uma maioria que hoje nós não temos para aprová-la, ficamos na discussão de três projetos [econômicos]”, disse Maia.

Segundo Rodrigo Maia, não há solução para o aumento de investimentos no Brasil sem um controle efetivo do crescimento do rombo da Previdência na ordem de até R$ 60 bilhões por ano. "A mais estruturante, a mais definitiva, aliás a única [solução] definitiva, é a reforma da Previdência", disse.

"Hoje nós não temos votos para aprová-la, e eu falei isso bem claro, estou deixando claro entre os líderes", falou.

Embora tenha defendido a necessidade de se aprovar a reforma, o presidente da Câmara reconheceu que o governo ainda tem de reconstruir a base aliada. "Essa é uma posição muito pessoal minha e que eu vou continuar defendendo para tentar construir uma maioria, mas essa maioria não será construída hoje."