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Grupo entra na comissão da reforma política e protesta contra "fundão e distritão"

Gustavo Maia

Do UOL, em Brasília

23/08/2017 17h57

Aos gritos de “fundão e distritão não” e “vergonha”, nove pessoas protestaram na tarde desta quarta-feira (23) contra a proposta de reforma política em votação na Câmara dos Deputados.

O ato ocorreu logo após a suspensão das atividades da terceira e última das comissões da Câmara que analisam mudanças na legislação eleitoral do país.

Eles protestaram contra as propostas de criação de um fundo público para financiamento de campanhas eleitorais, que no ano que vem teria R$ 3,6 bilhões, e da adoção do sistema conhecido como “distritão” nos pleitos de 2018 e 2020, nos quais seriam eleitos apenas os parlamentares mais votados de cada Estado e cidade.

Autointitulados “brasileiros contra a corrupção”, os manifestantes disseram não pertencer a nenhum movimento social --“não somos da CUT [Central Única de Trabalhadores]”, disse uma mulher que não quis se identificar.

A professora curitibana aposentada Narli Resende, 60, contou que a maior parte deles se conheceu no acampamento em apoio à operação Lava Jato, em Curitiba, em maio.

Na ocasião, os integrantes do acampamento protestaram contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que prestou depoimento ao juiz federal Sérgio Moro no caso do tríplex no Guarujá - Lula foi condenado dois meses depois, a 9 anos e meio de prisão.

O protesto de hoje foi combinado em redes sociais. Um dos manifestantes disse que o grupo se identifica pelas pautas “de direita” e que, entre eles, havia defensores do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), de uma intervenção militar no país e até da monarquia.