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Médico diz que estendeu internação de Temer por questão de "segurança"

23.nov.2017 - O presidente Michel Temer durante evento em Porto Velho - Alan Santos/PR
23.nov.2017 - O presidente Michel Temer durante evento em Porto Velho Imagem: Alan Santos/PR

Bernardo Barbosa

Do UOL, em São Paulo

14/12/2017 18h37Atualizada em 14/12/2017 19h40

O cardiologista Roberto Kalil e o urologista Miguel Srougi explicaram nesta quinta-feira (14) que a internação do presidente Michel Temer (PMDB) no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, foi esticada em um dia por uma questão de "segurança".

A declaração foi dada no início da noite de hoje, durante entrevista coletiva, horas depois de o Planalto anunciar o adiamento da visita de Temer à Ásia, em janeiro, por recomendação médica.

"Foi uma segurança [ficar um dia a mais]. Ele toma remédio para deixar o sangue mais fino, por causa da angioplastia. Esses remédios podem aumentar o risco de sangramento. Por coerência, ele fez esse procedimento, colocou uma sonda, mais para observar um sangramento no período pós-cirúrgico", afirmou Kalil.

Temer foi submetido na quarta-feira (13) a uma intervenção na uretra, canal por onde passa a urina, devido a problemas urológicos.

"Ele poderia ter ido embora, estava super bem, mas foi um passo de segurança mesmo. Deve ter alta amanhã (15) de manhã, até a hora do almoço, e vai cumprir a agenda normal", disse Kalil.

Segundo o médico, o presidente continuará a fazer uso da sonda entre duas e três semanas para impedir o fechamento da uretra. Ele garantiu que Temer é um paciente "saudável" e levará uma "vida normal". "Ele é uma pessoa saudável. Foram coisas pontuais que foram resolvidas", disse Kalil.

Temer deverá retornar a Brasília por volta das 12h desta sexta. Às 15h, está agendada a posse do deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS) como ministro da Secretaria de Governo.

Desde outubro, o presidente já foi internado no Sírio-Libanês outras duas vezes, uma para fazer um cateterismo e outra também por problemas urológicos. E ele volta a enfrentar problemas médicos em um momento delicado para a relação de seu governo com o Congresso. Se em outubro, quando Temer foi internado com problemas na próstata, o assunto era a segunda denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) contra ele, agora o peemedebista sofre para formar uma maioria que permita aprovar a Reforma da Previdência.