Fux pede vista e adia decisão sobre apreensão de bens de Aécio
Após pedido de vista do ministro Luiz Fux, a 1ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) suspendeu o julgamento do recurso da PGR (Procuradoria-Geral da República) que pedia o arresto (apreensão judicial) de bens do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e de outros três investigados.
O pedido da PGR tem o objetivo de garantir o pagamento da multa que pode ser imposta em caso de futura condenação.
Segundo o ministro Luís Roberto Barroso, a multa máxima pelo crime de corrupção pode chegar a R$ 5,5 milhões.
Barroso e a ministra Rosa Weber votaram favoravelmente à apreensão judicial de R$ 1,6 milhão de Aécio e dos investigados. O ministro Marco Aurélio Mello, relator do processo contra o tucano, votou contrário ao arresto dos bens.
Ainda faltam votar o ministro Alexandre de Moraes e Luiz Fux, que pediu vista do processo.
Esta é a segunda vez que o julgamento é suspenso por um pedido de vista. Em maio, foi o ministro Luís Roberto Barroso que pediu vista do processo após o voto de Marco Aurélio.
Em maio, A 1ª Turma do STF aceitou a denúncia apresentada pela Procuradoria contra Aécio, sob a acusação dos crimes de corrupção passiva e obstrução de Justiça. Com a decisão, o tucano se tornou réu pela primeira vez.
Também se tornaram réus a irmã do senador, Andrea Neves, e outros dois acusados: o primo de Aécio Frederico Pacheco de Medeiros, e Mendherson de Souza Lima, na época assessor do senador Zezé Perrella (PMDB-MG).
A denúncia contra Aécio teve como base a delação de executivos da J&F, divulgada em 2017, na qual Aécio foi flagrado pedindo R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista. Nas gravações, Aécio afirma que o dinheiro seria usado para pagar despesas com advogados.
"Eu recebo com absoluta tranquilidade a decisão da 1ª turma do STF, até porque já era esperada", disse Aécio, após o STF receber a denúncia contra ele. O senador também criticou a delação dos executivos da J&F e disse que irá provar sua inocência.
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