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PTB coloca Ministério do Trabalho à disposição do governo

O ex-deputado Roberto Jefferson, presidente do PTB - Ricardo Borges 4.jun.2015/Folhapress
O ex-deputado Roberto Jefferson, presidente do PTB Imagem: Ricardo Borges 4.jun.2015/Folhapress

Felipe Amorim

Do UOL, em Brasília

05/07/2018 12h12Atualizada em 05/07/2018 19h53

O presidente do PTB, Roberto Jefferson, afirmou nesta quinta-feira (5) que o Ministério do Trabalho está “à disposição” do presidente Michel Temer (MDB).

O ministro da pasta, ligado ao PTB, foi afastado do cargo por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal), numa investigação sobre irregularidades na pasta.

Em nota divulgada nesta quinta-feira, Jefferson também afirma que o partido apoia as investigações.

“Pessoalmente, insisto: não participei de qualquer esquema espúrio no Ministério do Trabalho. E acrescento que minha colaboração restringiu-se a apoio político ao governo para que o PTB comandasse a pasta”, diz o presidente da legenda.

“Comunico ainda que a Executiva Nacional do PTB coloca o Ministério do Trabalho à disposição do governo Michel Temer”, afirma Jefferson na nota.

O Ministério do Trabalho é comandado pelo PTB desde o início do governo Michel Temer (MDB), em maio de 2016, após o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

A pasta foi comandada pelo deputado federal Ronaldo Nogueira (PTB-RS) de maio de 2016 a dezembro de 2017.

Roberto Jefferson chora com nomeação de filha para ministério

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Em janeiro, Temer indicou como substituta de Nogueira a deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ), filha de Roberto Jefferson, presidente do partido.

A posse de Cristiane, no entanto foi impedida por uma série de decisões judiciais, a última delas determinada pela presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Cármen Lúcia, em 22 de janeiro. As decisões judiciais que impediram a posse da deputada no ministério entenderam que como ela respondia a processo na Justiça do Trabalho, sua nomeação seria irregular por ir contra o princípio da moralidade na administração pública.

Um mês depois, em 23 de fevereiro, Temer publicou decreto anulando a nomeação de Cristiane para o cargo.

Desde que a posse de Cristiane Brasil foi impedida judicialmente, estava no comando da pasta, como ministro interino, o secretário-executivo da pasta Helton Yomura, também filiado ao PTB.

Em abril, Temer oficializou Yomura como ministro do Trabalho, cargo do qual ele foi afastado nesta quinta-feira por decisão do ministro Edson Fachin, do STF.

Ministro do Trabalho é afastado pelo STF

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