Após ter sido solto por Gilmar, STF manda Paulo Preto para prisão domiciliar
Após ter sido posto em liberdade por duas vezes pelo ministro Gilmar Mendes, o ex-diretor da Dersa (estatal paulista de transportes) Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, deverá cumprir prisão domiciliar por decisão da Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) em julgamento nesta terça-feira (25).
Paulo Preto é apontado como operador do PSDB e foi denunciado por suspeitas de desviar dinheiro em obras do governo paulista.
A decisão da Segunda Turma foi determinada pelo voto do ministro Ricardo Lewandowski. O caso estava empatado com dois votos a favor da liberdade do ex-diretor da Dersa e dois votos a favor de sua prisão.
Os ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli votaram a favor de manter as decisões de Mendes pela liberdade. Os ministros Edson Fachin e Celso de Mello foram contrários a essa posição.
Toffoli proferiu o voto antes de deixar a composição da Segunda Turma, ao ser eleito presidente do STF. Por isso, a ministra Cármen Lúcia, presente à sessão, não participou do julgamento deste processo.
Lewandowski então propôs o que classificou como uma "posição intermediária" de impor a prisão domiciliar, o que prevaleceu no julgamento.
O ex-diretor é investigado em desdobramentos da Operação Lava Jato em São Paulo por suspeitas de ter recebido propina em obras da Prefeitura de São Paulo, à época da gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD), hoje ministro de Ciência e Tecnologia do presidente Michel Temer (MDB).
Preto também foi denunciado por suspeitas de desvio de verbas públicas vinculadas ao programa de reassentamento da Dersa nas obras do trecho sul do Rodoanel.
Quando foi oferecida a denúncia, o advogado Daniel Bialski, que defende Paulo Preto, disse que a denúncia seria "requentada" e que as investigações haviam inocentado seu cliente.
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