Após prisão de Pezão, Bolsonaro reforça "apoio à Lava Jato"
Após a prisão do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (MDB), nesta quinta-feira (29) na operação Boca de Lobo, o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), usou o Twitter para declarar "todo apoio à operação [Lava Jato] que está tirando o país das mãos dos que estavam destruindo-o!".
Pezão foi preso preventivamente – sem prazo – pela Polícia Federal dentro do Palácio das Laranjeiras, sede do governo fluminense. O pedido de prisão foi feito pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge e aceito pelo ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Felix Fischer, relator da Lava Jato na Corte. Dodge disse que a prisão é necessária porque os crimes ainda estavam em curso.
Mais cedo, o presidente eleito parabenizou a Lava Jato e disse a jornalistas no Rio que Sergio Moro, ex-juiz da Lava Jato e futuro ministro da Justiça, "vai ter todos os meios, inclusive Coaf [Conselho de Controle de Atividades Financeiras] para combater a corrupção."
"O compromisso que tive com ele é carta-branca para o combate à corrupção e ao crime organizado. Com toda a certeza ele terá sucesso", disse Bolsonaro.
Com a prisão desta quinta-feira, todos os últimos quatro governadores do Rio, dos últimos 20 anos, foram presos. São eles: Anthony Garotinho (PRB), Rosinha Garotinho (Patri), Sérgio Cabral (MDB) e Fernando Pezão (MDB).
De acordo com as investigações, "o governador integra o núcleo político de uma organização criminosa que, ao longo dos últimos anos, cometeu vários crimes contra a administração pública, com destaque para a corrupção e lavagem de dinheiro”.
Com a detenção do emedebista, Francisco Dornelles (PP) assumirá a chefia do estado.
Pela manhã, Bolsonaro se reuniu com o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton. Participaram do encontro os futuros ministros Fernando de Azevedo e Silva (Defesa), Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional). Silva e Heleno são generais do Exército.
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