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Bolsonaro diz que falta nomear mais dois ministros

Bolsonaro acompanha a formatura de sargentos ao lado do senador eleito Major Olimpio (PSL) e do futuro ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes - Reprodução/Twitter Major Olimpio
Bolsonaro acompanha a formatura de sargentos ao lado do senador eleito Major Olimpio (PSL) e do futuro ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes Imagem: Reprodução/Twitter Major Olimpio

Bernardo Barbosa

Do UOL, em Guaratinguetá (SP)

30/11/2018 13h09Atualizada em 30/11/2018 13h38

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), disse nesta sexta-feira (30) que vai nomear mais dois ministros para o seu futuro governo, e não descartou que escolha militares para os cargos. As pastas ainda sem nomes são Meio Ambiente e uma que deve reunir assuntos ligados a direitos humanos. Com isso, o futuro governo terá 22 pastas.

Mais cedo, ele anunciou seu 20º ministro (o sexto militar) pelas redes sociais. O diretor-geral do Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, almirante Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Junior, comandará o Ministério de Minas e Energia.

"Estou escolhendo militares não por serem militares. É pela sua formação e por aquilo que fez enquanto estava na ativa", declarou o presidente eleito. "Faltam dois ministérios ainda. Pode ser que haja mais dois militares, não sei ainda."

Durante a campanha, Bolsonaro disse que a configuração da Esplanada dos Ministérios teria 15 pastas, mas este número foi subindo ao longo da transição. Hoje, o governo Michel Temer (MDB) tem 29 ministérios.

Segundo Bolsonaro, a pastora Damares Alves é uma "forte concorrente" à pasta de Direitos Humanos. Ela é assessora do senador Magno Malta (PR-ES), que chegou a ser cogitado para vice de Bolsonaro, mas tentou a reeleição ao Senado e perdeu.

O próprio Malta era defendido pela bancada evangélica para assumir um ministério no futuro governo, mas seu nome acabou rejeitado.

Bolsonaro disse ainda que trabalha com cinco nomes para o Ministério do Meio Ambiente, "todos eles excepcionais", mas não revelou quais.

"O que nós queremos é uma política ambiental para preservar o meio ambiente, obviamente, mas não de forma xiita, como é feito atualmente. Vamos acabar com a indústria da multa nessa área também. E esse setor não pode atrapalhar o homem do campo", afirmou em Guaratinguetá (inteiror de São Paulo).

O presidente foi à cidade para participar da formatura de sargentos da EEAR (Escola de Especialistas da Aeronáutica).

Ele estava acompanhado dos futuros ministros Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), além de parlamentares aliados.

Durante a cerimônia, Bolsonaro posou com um quepe da FAB (Força Aérea Brasileira) fez uma saudação improvisada aos formandos repetindo o lema de sua campanha eleitoral.

"Parabéns aos formandos. Viva a Força Aérea Brasileira. Brasil acima de tudo, Deus acima de todos."