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Governo Temer bate Dilma e atinge recorde de reprovação em fim de mandato

Agência Brasil
Imagem: Agência Brasil

Luciana Amaral

Do UOL, em Brasília

13/12/2018 11h49Atualizada em 14/12/2018 10h54

O governo do presidente Michel Temer (MDB) atingiu recorde de reprovação perante a população brasileira quando analisadas as avaliações de governos anteriores no fim de seus mandatos, mostra pesquisa Ibope encomendada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgada nesta quinta-feira (13).

Para 74% dos entrevistados, o governo Temer é ruim ou péssimo, enquanto 5% o consideram ótimo ou bom. Para 18%, o governo é regular e 3% não souberam ou não responderam. A constatação leva em conta a série história CNI/Ibope desde a redemocratização, com início no governo de José Sarney (MDB).

Nas eleições de outubro deste ano, Jair Bolsonaro (PSL) foi eleito presidente da República. Ele sucederá Michel Temer no Palácio do Planalto e tem posse marcada para 1º de janeiro de 2019.

Até o momento, o governo mais mal avaliado entre os presidentes em fim de mandato havia sido o de Dilma Rousseff (PT). A última pesquisa do segundo mandato da ex-presidente, datada de março de 2016, dois meses antes da aprovação do impeachment, aponta que seu governo era então reprovado por 69% da população e aprovado por 10%.

Antes dela, o índice pertencia ao ex-presidente José Sarney (MDB). Pesquisa da série CNI/Ibope realizada em novembro de 1989, última de seu governo, mostra que ele encerrou o mandato na Presidência com o governo sendo reprovado por 60% dos brasileiros e aprovado por 9%.

Maneira de governar e confiança

Segundo a pesquisa Ibope/CNI, os que aprovam a maneira de governar de Temer são 9% da população ante 85% dos que desaprovam. Os que não souberam responder ou não quiseram responder ficaram em 5%.

Temer também chega ao fim do mandato com 7% dos brasileiros confiando nele. O índice dos que não confiam ficou em 90%. Os que não souberam responder ou não quiseram responder são 3%.

Errata: este conteúdo foi atualizado
A primeira versão deste texto trouxe a informação de que a maior taxa de rejeição antes do governo Temer pertencia ao ex-presidente José Sarney, mas é Dilma Rousseff a ex-presidente com a segunda maior rejeição de governo em fim de mandato.