Posse terá segurança inédita após facada, diz filho de Bolsonaro
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) escreveu em seu perfil no Twitter, nesta segunda-feira (24), que a cerimônia de posse de seu pai, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), no próximo dia 1º, será "inédita pois certamente a sua avaliação de risco é a maior da história". O deputado relembrou o fato de Bolsonaro ter sido esfaqueado durante a campanha eleitoral.
Adélio Bispo de Oliveira, 40, preso em flagrante, não é atualmente ligado ao PSOL de Uberaba (MG) --ele esteve filiado ao partido entre 2007 e 2014. Inquérito da PF (Polícia Federal) apura o que motivou o ato. A investigação sempre apontou que ele teria agido de forma solitária.
Depois de Adélio esfaquear Bolsonaro, o então candidato à Presidência foi submetido a duas cirurgias e ficou internado 23 dias. Após alta hospitalar, permaneceu a maior parte do tempo em casa, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, e não foi a nenhum debate do segundo turno, na disputa com Fernando Haddad (PT).
Em 28 de janeiro, Bolsonaro deverá ser submetido a uma nova cirurgia para retirada de bolsa de colostomia (onde as fezes ficam armazenadas). Ele está com a bolsa desde 7 de setembro, quando foi internado no hospital Albert Einstein, na zona sul paulistana.
Em 2014, na posse da presidente eleita Dilma Rousseff (PT), 4.000 agentes das Forças Armadas, das polícias Civil, Militar e Federal, além de bombeiros, participaram do esquema de segurança. Oficialmente, não se fala quantos agentes participarão da segurança da cerimônia em 2019, mas a expectativa é de que haja mais do que o dobro comparado há quatro anos.
A previsão é de que Bolsonaro saia às 15h da residência oficial do presidente, na Granja do Torto, com a mulher, Michelle, e, de carro, vá até a Catedral de Brasília. Lá, se encontra com seu vice, o general Hamilton Mourão, e sua esposa, Paula, e troca de carro. O vice passa a acompanhar, em um carro atrás.
A partir da catedral, é esperado que Bolsonaro vá até o Congresso em um trajeto de aproximadamente 15 minutos. O futuro ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Augusto Heleno, afirmou no último domingo (23) que não estava definido se Bolsonaro faria essa parte do percurso em carro aberto ou em carro fechado, por medida de segurança.
O carro utilizado tradicionalmente no percurso pela Esplanada dos Ministérios, um Rolls Royce, foi utilizado durante ensaio geral para a posse ocorrido no último domingo. Dois figurantes fizeram o papel de Bolsonaro e sua mulher. Um outro ensaio geral será feito no próximo domingo (30).
No Congresso, Bolsonaro descerá a rampa e acompanhará a reprodução do Hino Nacional. Com as tropas em revista, Bolsonaro se tornará chefe das Forças Armadas no momento. Depois, volta ao carro e se dirige ao Palácio do Planalto. Lá, receberá a faixa de Michel Temer (MDB) e fará seu primeiro discurso como presidente do Brasil.
À noite, um coquetel será oferecido a chefes de Estado no Itamaraty. Cuba, Venezuela e Nicarágua, que chegaram a ser convidados inicialmente, tiveram os convites retirados pelo nomeado ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Nesta segunda-feira, Eduardo Bolsonaro elogiou a decisão do futuro ministro.
Bolsonaro escreve mensagem de Natal
Jair Bolsonaro publicou na véspera de Natal, em sua conta no Twitter, que está chegando o momento de um "novo Brasil", inspirado na sagrada família, e que o objetivo do novo governo será restaurar o sentimento familiar e a paz nos lares dos brasileiros.
"É chegado mais um Natal, momento especial onde relembramos com nossas sagradas famílias o nascimento de Cristo. É com este sentimento, inspirado na família simples que recebeu em um humilde presépio a encarnação do próprio Deus, que contemplamos a chegada de um novo Brasil", afirmou Bolsonaro.
"Com humildade, aceitando quem tem no coração a vontade de construir um Brasil melhor, buscaremos nos próximos anos restaurar o sentimento familiar há muito desgastado em nossa sociedade, bem como a paz dentro de nossos lares. Tenhamos todos um Feliz Natal! Fiquem com Deus!, complementou o presidente eleito.
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