Procuradoria pede informações sobre depósitos de fundação da Lava Jato
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu que a Caixa Econômica Federal apresente informações sobre os valores depositados pela Petrobras em decorrência do acordo firmado entre a estatal e procuradores da Operação Lava Jato no MPF (Ministério Público Federal) de Curitiba.
Os valores a serem depositados pela Petrobras para a constituição da fundação são estimados em R$ 2,5 bilhões.
A PGR (Procuradoria-Geral da República) quer que a Caixa preste informações sobre a gestão financeira dos valores já depositados, rendimentos, taxas e formas de remuneração do dinheiro.
O pedido da Procuradoria foi encaminhado ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. O ministro é relator de uma ação movida pela PGR contra a constituição da fundação por meio de acordo entre a Petrobras e os procuradores da Lava Jato.
Caberá a Moraes decidir sobre o pedido de informações feito pela PGR e encaminhá-lo à Caixa Econômica.
Na sexta-feira (15), Moraes determinou a suspensão de todos os efeitos do acordo entre a Petrobras e a Lava Jato para a criação da fundação. O ministro também determinou o bloqueio de todos os valores que foram depositados na conta da 13ª Vara Federal de Curitiba e submeteu qualquer movimentação desse dinheiro à "expressa decisão do Supremo Tribunal Federal".
O acordo entre os procuradores da Lava Jato e a Petrobras previu que parte da multa paga pela estatal para encerrar investigações contra a empresa nos Estados Unidos fosse utilizada para criar uma fundação privada.
O objetivo da fundação seria o de administrar esse dinheiro para empregar os recursos em atividades voltadas a projetos de combate à corrupção, educação, cidadania e transparência.
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