Bolsonaro diz que amanhã anunciará 13º no Bolsa Família
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse hoje que anunciará amanhã a criação do 13º salário para beneficiários do programa Bolsa Família. A confirmação foi feita na abertura da 22ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, integrada por prefeitos de todo o país.
"Somos defensores do Bolsa Família. Tanto é que anunciaremos o 13º [salário] amanhã. Mas o que tira o homem da situação difícil em que se encontra, ou a mulher, é o conhecimento", declarou.
Ao todo, cerca de 14 milhões de famílias são atendidas pelo programa social, segundo a Caixa Econômica. O valor varia de R$ 41 a R$ 89. O acúmulo de benefícios pode chegar a até R$ 372, a depender da situação de cada família.
Após uma breve fala do presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, a entrada de Bolsonaro no palco foi anunciado pelo mestre de cerimônia. No entanto, ninguém apareceu.
Diante do silêncio, a organização colocou um jazz de fundo. Ao fim da música, um som de grilo pôde ser ouvido no sistema de áudio. Bolsonaro apareceu junto a ministros após ser anunciado pela quarta vez.
Também estiveram presentes os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM).
Prefeitos cobram mais repasses da União
Antes da fala de Bolsonaro, o presidente da CNM (Confederação Nacional dos Municípios), Glademir Aroldi, cobrou mais repasses de recursos financeiros da União para os municípios. A entidade pede mais autonomia para os poderes locais e um pacto federativo "mais justo".
Ele afirmou esperar que a nova gestão do governo federal seja sensível às pautas e reforçou ser preciso uma iniciativa emergencial para atender aos prefeitos que concluem o mandato no final do ano que vem. De acordo com Aroldi, estes estão "sufocados" pelas responsabilidades orçamentárias que assumiram da União e dos estados.
"Passaram-se 31 anos e o pacto federativo não foi regulamentado. O ministro [da Economia], Paulo Guedes, tem criado expectativa enorme para gestores locais, mas precisa deixar claro as atribuições da União, estados e municípios. Não podemos abrir mão de compartilharmos todos os recursos arrecadados pela União. Temos certeza de que o seu governo vai corrigir essa distorção histórica", falou.
No discurso, Bolsonaro ressaltou a necessidade de o povo brasileiro se unir, independentemente de crenças, origens e pensamento ideológico, e que, se assim a população o fizer, o Brasil poderá ser tão desenvolvido do que nações pequenas em tamanho e menos diversas em recursos naturais, como Japão, Coreia do Sul e Israel.
"Ninguém será superior a nós no mundo se nos unirmos nesse projeto", declarou.
Ele afirmou que o Brasil tem de investir em ciência e tecnologia e a economia não pode mais continuar dependente somente de commodities. Na fala, aproveitou para reforçar a necessidade de se aprovar a reforma da Previdência em tramitação no Congresso.
"Como disse [Rodrigo] Maia aqui, gostaríamos de não ter de fazer a reforma da Previdência, mas somos obrigados a fazê-la", disse.
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