Mourão e Bolsonaro querem "olhar pra frente", diz porta-voz sobre crise
Pelo segundo dia consecutivo, o porta-voz da Presidência, o general Otávio Rêgo Barros, tenta dar por encerrada a crise aberta pelos ataques de Carlos Bolsonaro (PSC), filho do presidente da República, ao vice-presidente, Hamilton Mourão (PRTB).
Mais cedo, o Mourão disse que o assunto era "página virada" e que "quando um não quer, dois não brigam". No início da noite, o porta-voz disse que essa declaração está "alinhada com o pensamento do nosso presidente, de olhar para frente acendendo o farol de milha e evitar usar o retrovisor".
Rêgo Barros também leu novamente uma nota que havia sido divulgada ontem. O texto diz que a crise ganhou um "ponto final", que o presidente em "apreço por Mourão", mas sempre estará ao lado do seu filho.
O porta-voz também voltou a dizer que o presidente é responsável pelas postagens em sua conta no Twitter e minimizou o fato de Bolsonaro não publicar nada há 3 dias. Segundo o porta-voz, "temporalidade e o assunto [dos posts], por óbvio, é decisão dele".
Carlos continua os ataques
Apesar das declarações de apaziguamento transmitidas pelo governo e por Mourão, Carlos Bolsonaro seguiu hoje com os posts críticos ao vice-presidente.
Pela manhã, Carlos retuitou um post que trazia um comentário de Caio Coppola para a rádio Jovem Pan. Segundo ele, "fontes no Palácio do Planalto disseram que poucas vezes detectaram tanta ambição presidencial em alguém como no vice-presidente Mourão".
Depois, compartilhou um vídeo intitulado "General Mourão: o traidor?" e disse que o "vice contraria ministros e agenda que elegeu Bolsonaro presidente".
Desde a tarde de segunda-feira (22), Carlos tem publicado em seu Twitter críticas ao vice-presidente, o que gerou mal-estar no governo e tentativas de pacificação por parte da cúpula bolsonarista.
Sobre os ataques, Mourão afirmou que tem dialogado com o Bolsonaro quando se faz "necessário". Questionado se o atrito público com Carlos não seria motivo para uma conversa mais direta, o general respondeu apenas que "tudo é motivo". "A gente procura levar sem aumentar as tensões. As tensões do dia a dia já são suficientes. Não precisa aumentar isso daí."
*Colaboraram Marcela Leite e Stella Borges, em São Paulo
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