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Delegado da PF que fez segurança de Bolsonaro será novo diretor da Abin

17.out.2018 - O então candidato Jair Bolsonaro em visita à Polícia Federal - JOSE LUCENA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
17.out.2018 - O então candidato Jair Bolsonaro em visita à Polícia Federal Imagem: JOSE LUCENA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Luciana Amaral e Luís Adorno

Do UOL, em Brasília e em São Paulo

08/05/2019 16h57

O ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Augusto Heleno, confirmou hoje que o delegado da Polícia Federal Alexandre Ramagem Rodrigues será o novo diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).

O atual diretor do órgão é o oficial de inteligência Janér Tesch Hosken Alvarenga. Ainda não há data para a exoneração de Alvarenga e a oficialização da troca.

Ramagem Rodrigues foi um dos supervisores da segurança do presidente Jair Bolsonaro (PSL) quando candidato ao cargo nas eleições do ano passado. Ele foi escalado após o atentado a faca sofrido por Bolsonaro nas ruas de Juiz de Fora, em Minas Gerais. Atualmente, o delegado atua como assessor especial do ministro da Secretaria de Governo, Carlos Alberto dos Santos Cruz.

"Nós vamos com muito cuidado em termos de ser uma troca sem traumas, que não há nada contra o atual diretor. É apenas uma troca feita por orientação do presidente e buscando uma nova situação para a inteligência. [...] A internet e a velocidade da informação acabaram transformando a atividade de inteligência em alguma coisa muito mais rápida do que estávamos acostumados. Vamos colocar alguém de outro setor de inteligência para ter integração e rapidez maior das atividades", disse Heleno.

"Quero fazer uma troca tranquila e passagem de cargo consciente, bem conduzida, pois não há nenhum trauma na história. É apenas uma troca para modificar um pouco a filosofia da inteligência do nosso sistema", completou.

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.