Bolsonaro ainda não escolheu PGR e cargo não terá interino, diz porta-voz
O porta-voz do Palácio do Planalto, general Otávio Rêgo Barros, afirmou hoje que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) ainda não decidiu sobre a indicação para a Procuradoria-Geral da República (PGR), cargo mais alto do Ministério Público Federal. Bolsonaro, inicialmente, afirmou que poderia tomar a decisão na última segunda (12). Depois, adiou para a próxima sexta-feira.
As palavras de Rêgo Barros, no entanto, deram a entender que ainda não há uma data estipulada pelo Planalto para que a indicação seja feita. A atual procuradora-geral, Raquel Dodge, deixará o cargo no dia 17 de setembro.
"O presidente vem expressando sua opinião, inclusive a satisfação de conhecer da possibilidade de inúmeras pessoas ligadas ao MP estarem qualificadas para o cargo de PGR. Nesse contexto o presidente ainda não tomou sua decisão em relação ao nome que indicará para a Procuradoria. Ele ainda verbalizou: 'existem muitos bons nomes'. O prazo será o necessário para a melhor indicação com vistas ao bem do nosso país. ", afirmou o porta-voz.
Questionado durante a coletiva se o governo cogitava deslocar um interino para o cargo, Rêgo Barros disse que Bolsonaro "nunca falou sobre essa possibilidade".
Diplomacia bélica
O porta-voz também comentou a frase do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), filho do presidente e provável novo embaixador do país nos Estados Unidos, que afirmou mais cedo que "diplomacia sem armas é como música sem instrumentos", citando o imperador romano Federico II.
"Diplomacia e Defesa são faces da mesma moeda. Instrumentos de exercício da soberania nacional e da garantia da autonomia em nosso relacionamento externo", disse hoje o deputado a uma plateia composta majoritariamente por deputados e militares.
Questionado se o Planalto endossaria a posição, Rêgo Barros afirmou que o governo "não comentará". No entanto, o porta-voz fez uma breve consideração, elogiando as referências de Eduardo:
"(...) Não obstante, há de admitir-se a profundidade da frase do deputado Eduardo visto que foi buscá-la num grande, não apenas pensador militar, mais um grande estratega [sic] militar, que foi Frederico, o Grande", disse.
A despeito de não endossar, Rêgo Barros reforçou entendimento do deputado federal de que são necessários traços bélicos na diplomacia.
"É consequência nos dias atuais que o braço da diplomacia tem que estar escudado, tem que trabalhar codo a codo com o braço militar. A projeção de poder dos estados se faz naturalmente pelo entendimento, e se faz naturalmente também pela possibilidade que o entendimento seja aceito e compreendido, e isso naturalmente se faz por meio do poder bélico do campo militar."
Otávio Rêgo Barros, porta-voz do governo de Jair Bolsonaro (PSL)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.