Após pedido da PGR, STF arquiva inquérito contra Renan e Jader Barbalho
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin decidiu pelo arquivamento de um inquérito contra os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Jader Barbalho (MDB-PA) instaurado no âmbito da Operação Lava Jato.
O procedimento apurava se os parlamentares haviam recebido propina para ajudar Nestor Cerveró, delator condenado na Lava Jato, a se manter no cargo de diretor internacional da Petrobras durante o segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), entre 2006 e 2010.
A decisão de Fachin, publicada na última sexta-feira (6), também arquivou investigação contra o ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau. Ele teve seu nome envolvido no mesmo esquema.
O trio foi citado por Cerveró em colaboração premiada, em 2016. Na versão do delator, o dinheiro teria sido originado a partir do esquema de corrupção na compra de navios-sonda para a Petrobras.
Passados três anos, a PGR (Procuradoria-Geral da República) afirmou ao Supremo não ter encontrado provas contra os congressistas e o ex-ministro. Em seu despacho, Fachin explica que o arquivamento atende a pedido da própria chefia do Ministério Público Federal.
Por meio de sua assessoria, Calheiros declarou que "nenhuma prova apareceu ou aparecerá". "Todos demais [processos] terão o mesmo destino, já que foram abertos por ouvir dizer, por comentários de terceiros."
Em relação a Jader, Fachin decidiu por extinguir a punibilidade, considerando que o suposto crime já está prescrito devido a idade do senador (74 anos).
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