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Boca Aberta dá tapas no filho, ironiza Janot e explica gastos de R$ 21 mil

O deputado Boca Aberta dá tapas no filho, que também é parlamentar, durante programa na Jovem Pan - Reprodução/Jovem Pan
O deputado Boca Aberta dá tapas no filho, que também é parlamentar, durante programa na Jovem Pan Imagem: Reprodução/Jovem Pan

Do UOL

27/09/2019 15h40

O deputado federal Emerson Miguel Petriv (PROS-PR), também conhecido como Boca Aberta, foi o convidado da edição desta sexta-feira (27) do programa Pânico, da Rádio Jovem Pan.

Ao lado do filho e também deputado Matheus Petriv (Boca Aberta Júnior), Boca Aberta manteve o estilo habitual de afirmações contundentes. Ao fazer uma análise geral do cenário político brasileiro, o deputado do PROS não hesitou em dar alguns tapas no rosto do herdeiro antes de dizer que educação vem de berço.

"Caráter vem lapidado de casa, de berço. Esse menino tem caráter [alguns tapas]. Esse tem. Caráter, honestidade e vergonha na cara para fazer o certo."
A entrevista dada pelo ex-procurador geral da República, Rodrigo Janot, também foi abordada pelo convidado. Boca Aberta ironizou o fato de Janot ter entrado armado no Supremo Tribunal Federal (STF) com a intenção de matar o ministro Gilmar Mendes e se suicidar em seguida.

"Ele [Janot] é letrado e eu que sou doido, né... Depois eu que sou o louco", afirmou antes de ser questionado pela bancada a respeito de gastos excessivos no próprio mandato - mais de R$ 21 mil em divulgações de atividades parlamentares.

"Eu gasto mais porque eu trabalho mais. Eu fiz um desafio para a Câmara dos Deputados. Ninguém me deu ouvidos... Todo deputado tem direito a verbas. Eu quero um documento assinado lá da Câmara dos Deputados que eu pego esse dinheiro e levo tudo para a minha cidade para colocar remédios no posto de saúde... Eu moro embaixo da ponte, em uma tenda... Mas eu não tenho como pegar esse dinheiro e destinar a isso. Eu estaria cometendo um crime, improbidade administrativa!", disse.

Recordista no Conselho de Ética da Câmara, Boca Aberta é o único deputado da atual legislatura com duas representações contra ele no Conselho.
O estilo conquistou eleitores (foi eleito com 90.158 votos), mas desagrada a colegas. Fato que não parece mexer com o político de Londrina. "Eles querem me calar porque falo o que eles não querem ouvir. Mas não vão. Nunca! Só vou se eles me calarem na bala",