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Líder de governo na Câmara diz que Bolsonaro não confia em Joice

Abril: Joice Hasselmann conversa com o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo - Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr
Abril: Joice Hasselmann conversa com o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo Imagem: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr

Guilherme Mazieiro

Do UOL, em Brasília

17/10/2019 17h22

O líder do governo Bolsonaro na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), classificou de "normal" a troca da líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP).

A deputada, que é desafeta de Vitor Hugo, foi substituída por determinação do presidente Jair Bolsonaro (PSL) hoje (17), após se manifestar contra a condução de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para liderança do PSL na Câmara.

O senador Eduardo Gomes (MDB-TO) assumirá o posto de Joice. Hoje, ele se encontrou com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

"A posição ministerial e as lideranças do governo, na Câmara, no Senado e no Congresso Nacional são funções de confiança do presidente da República. Ficou inequívoco que não existe um grau de confiança. Se a líder do governo no Congresso não assina uma lista que vai trocar o líder do PSL e vai dar mais estabilidade nas votações do governo na Câmara e no Congresso, é natural que houve quebra de confiança. Não vejo como retaliação. Vejo como atitude normal", afirmou.

A declaração de Vitor Hugo foi feita ao lado dos deputados Filipe Barros (PSL-PR) e Carlos Jordy (PSL-RJ) — vestido com uma camiseta com os dizeres "Ustra Vive", em referência ao torturador Brilhante Ustra.

Ao longo da noite de ontem, a bancada do PSL entrou em uma briga pela liderança do PSL na Câmara. Foram protocoladas duas listas para nomear Eduardo e uma para manter Delegado Waldir (PSL-GO) na liderança. Hoje, a Secretaria-Geral da Mesa oficializou Waldir como líder.

Joice assinou a lista em apoio a Waldir. A retirada de Joice foi entendida como retaliação de Bolsonaro por alguns parlamentares do PSL.

"A gente quer o máximo de pacificação. A gente não sabe qual vai ser o final dessa disputa. [...] A posição ministerial e as lideranças do governo, na Câmara, no Senado e no Congresso Nacional são funções de confiança do presidente da República", disse Vitor Hugo.