Eduardo é um "menino" e nem com ajuda do pai conseguiu liderança, diz Joice
Um dia após ser destituída da liderança do governo no Congresso, a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) fez críticas ao deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Joice questionou a liderança do filho do presidente e disse que tudo que ele conseguiu foi à sombra de alguém. Joice ainda criticou a interferência de Jair Bolsonaro (PSL) na disputa partidária.
"Não vou sacrificar minha palavra e minha honra por conta de dois meses na liderança, botando um menino na liderança que não consegue nada sozinho. Nem com a ajuda do pai conseguiu a maioria para estar líder do PSL. Que tipo de liderança há no Eduardo Bolsonaro? Tudo o que ele conseguiu foi à sombra de alguém. E agora nem mesmo com a interferência direta do presidente da República ele conseguiu [a liderança]", disse a deputada federal, ao chegar para convenção nacional do PSL.
Joice ainda declarou que membros do PSL e Jair Bolsonaro utilizaram a estrutura do Palácio para escolher um líder dentro da Câmara. "O presidente não deveria ter entrado nessa disputa. Creio que erra o presidente ao se meter numa questão partidária. Este é o erro do presidente. Ele como entidade máxima desse país Ele não pode descer dois, três degraus para se meter em questões partidárias. Porque isso desmerece o presidente", afirmou.
A deputada considerou que o PSL deve permanecer unido.
Nesta semana, a bancada de 53 deputados do PSL fez uma guerra de listas para definir o líder do partido na Câmara. Delegado Waldir (PSL-GO) conseguiu mais assinaturas e se manteve à frente do partido. Ele venceu a articulação comandada por Jair Bolsonaro para que seu filho, Eduardo, assumisse a liderança.
Expoentes do mesmo partido e estado, Joice e Eduardo são antigos desafetos. Desde as eleições trocam farpas em público. Joice é pré-candidata a prefeitura de São Paulo com apoio do partido, mas não de Eduardo.
Rachado, o PSL faz hoje uma reunião da Executiva do partido que pode oficializar a destituição de Eduardo e Flávio Bolsonaro dos comandos dos diretórios de São Paulo e Rio de Janeiro.
"Os fortes [do partido], agora, estão abrindo suas asas para proteger quem é de alguma forma muito pressionado. Não vai ser meia dúzia de moleque fazendo birra que vai me intimidar", declarou.
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