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Presidente da Alesp diz que vai impedir homenagem a Pinochet

Cauê Macris (PSDB) durante reeleição para a presidência da Assembleia Legislativa de São Paulo  - ESTADÃO CONTEÚDO
Cauê Macris (PSDB) durante reeleição para a presidência da Assembleia Legislativa de São Paulo Imagem: ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

21/11/2019 06h47

O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), Cauê Macris (PSDB), escreveu no Twitter que vai impedir a homenagem ao ditador chileno Augusto Pinochet organizada pelo deputado estadual Frederico d'Avila (PSL).

Ontem, Jamil Chade publicou em sua coluna do UOL que Frederico d'Avila organizava uma sessão solene em homenagem a Pinochet no dia 10 de dezembro, data da morte do presidente.

"Assino nesta quinta um ato da Presidência impedindo que aconteça o evento em homenagem ao ditador Augusto Pinochet dentro da Assembleia. O ato será publicado no Diário Oficial do Estado na sexta-feira (22)", escreveu Cauê Macris.

Em declaração à coluna de Jamil Chade, Frederico d'Avila justificou a homenagem dizendo que "Pinochet conduziu seu governo de forma brilhante, impedindo que o cenário ditatorial e violador de direitos humanos cubano e soviético da época se instalasse no seio da sociedade chilena".

Em convite que já circula com a foto do ditador, o deputado convida a todos para o evento no Auditório Paulo Kobayashi, na Alesp. Vale lembrar que o dia 10 de dezembro também marca o dia internacional dos direitos humanos, num evento que é celebrado a cada ano pela ONU e por centenas de entidades pelo mundo como um momento para relembrar as liberdades fundamentais.

Pinochet protagonizou o golpe militar e a ditadura que durou quase 17 anos no Chile, entre 1973 e 1990 Estimativas indicam que mais de três mil pessoas morreram no país em decorrência da repressão durante o seu regime.