Topo

Esse conteúdo é antigo

Suspeitos de invadir celular de Moro responderão por 3 crimes, diz revista

Walter Delgatti Neto, o "Vermelho", um dos preso sob suspeita de hackear o celular do ministro Sergio Moro, na operação Spoofing, da Polícia Federal - Mateus Bonomi/Folhapress
Walter Delgatti Neto, o "Vermelho", um dos preso sob suspeita de hackear o celular do ministro Sergio Moro, na operação Spoofing, da Polícia Federal Imagem: Mateus Bonomi/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

19/12/2019 10h32

A Polícia Federal concluiu as investigação acerca dos hackers que invadiram celulares de autoridades do governo, como o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e outras autoridades como Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da operação Lava Jato. Segundo publicou hoje a revista Veja, os suspeitos responderão por três crimes: associação criminosa, invasão de dispositivos telemáticos e interceptações.

O próximo passo é de que o Ministério Público Federal apresente à Justiça uma denúncia contra Danilo Cristiano Marques, Gustavo Elias Santos, Thiago Eliezer Martins Santos e Walter Delgatti Neto, que podem responder a uma ação penal.

A partir de análise do material apreendido durante as apurações, a polícia constatou que ao menos três dos quatro jovens detidos atuavam em invasões de celulares de autoridades da República e aplicavam golpes em clientes de instituições financeiras. Também foram analisados as movimentações bancárias dos envolvidos, mensagens de celulares apreendidos, arquivos extraídos de computadores, emails e as relações com outras pessoas.

A PF instaurou um inquérito em junho deste ano após invasão às contas de autoridades no Telegram e a divulgação de mensagens vazadas. Logo a polícia identificou uma empresa de chamadas telefônicas no interior de Minas Gerais como a origem das invasões. Em julho, a Operação Spoofing prendeu quatro suspeitos em Araraquara e Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.

Um dos presos preventivos deste caso, Luiz Henrique Molição, confessou ter hackeado o celular de autoridades juntamente com seu colega Walter Delgatti Netto.

De acordo com a revista, a PF deve agora continuar a investigação em duas frentes: a primeira para apurar indícios de golpes em clientes de instituições financeiras; a segunda para investigar se há um mandante ou financiador por trás dos ataques dos hackers.