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Lewandowski diz que Lava Jato "foi muito seletiva"

25.jun.2019 - O ministro Ricardo Lewandowski durante sessão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília - Gabriela Biló/Estadão Conteúdo
25.jun.2019 - O ministro Ricardo Lewandowski durante sessão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília Imagem: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

07/01/2020 12h18

O ministro do Supremo Tribunal Federa, Ricardo Lewandowski, disse em entrevista que considerou a operação Lava Jato "muito seletiva".

Questionado pelo jornal El País sobre "o que havia dado errado nas operações da Lava Jato", Lewandowski afirmou que elas "foram extremamente seletivas, elas não foram democráticas no sentido de pegar os oligarcas de maneira ampla e abrangente".

Segundo ele, "essa avaliação episódica que certas operações produziram pode se mostrar no futuro próximo realmente uma falácia".

O ministro comentou ainda as revelações feitas pelo The Intercept, que teve acesso a conversas telefônicas entre procuradores da força-tarefa da Lava Jato, entre elas Sergio Moro, hoje ministro da Justiça, e o procurador Daltan Dallagnol.

"As revelações do The Intercept são gravíssimas, Denúncias que precisam ser apuradas e que, diga-se, até o momento não foram desmentidas. Agora, o Supremo já corrigiu certos desmandos que ocorreram, não só no âmbito da operação Lava Jato, mas também em outros juízos, de 1º e 2º graus", disse Lewandowski.

Entre essas correções, ele cita a consideração de que a condução coercitiva, muito praticada nas prisões da operação, foi considerada inconstitucional e a necessidade de mais provas, e não apenas a delação premiada, para denunciar ou condenar um réu.