Maia defende que os três Poderes discutam reduzir salários de servidores
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu que os três Poderes discutam uma redução de salários para aumentar os recursos disponíveis no combate ao novo coronavírus. O deputado defendeu que sejam excluídos desse debate servidores com baixos salários e quem atua diretamente no combate à pandemia, como os profissionais de saúde.
"Os servidores públicos, seja aqueles concursados ou eleitos, todos têm uma estabilidade. Nesse momento, nada mais justo que a gente possa ir dialogando, sem parecer uma coisa oportunista: 'Fui eu que falei, eu que reduzi o salário primeiro'. Não é isso. É um gesto que todos nós precisamos fazer", disse em entrevista à Rádio Bandeirantes.
"Sem oportunismo, os três Poderes devem, nos próximos dias ou na próxima semana, avaliar como vai avançar na crise e tomar essa decisão", complementou.
O presidente da Câmara disse que o Orçamento do governo federal paga cerca de R$ 200 bilhões por ano em salários aos servidores do Executivo, Judiciário e Legislativo.
"Têm salários mais baixos, têm salários mais altos, acima da média dos 10% que ganham mais no Brasil. Então eu acho que a gente consegue uma economia, se você olhar uns R$ 18 bilhões por mês, se você tirar 15% a 20%, você vai ter uma economia de três meses que ajuda", disse.
Maia afirmou em "certas horas não é só o valor, é o simbolismo dado daqueles que têm uma proteção maior e que estão colaborando com a sociedade brasileira", afirmou.
Desde o início da crise do coronavírus Maia defende aumento dos gastos públicos para que o governo tente combater a doença e evitar que a máquina trave. Ontem, em entrevista à CNN Brasil, ele estimou que o gasto necessário seria de até R$ 400 bilhões.
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