Huck critica atuação de Bolsonaro contra covid-19 e pede 'governo que ouça'
Apontado como candidato à Presidência da República em 2022, o apresentador Luciano Huck criticou hoje o trabalho do governo Jair Bolsonaro (sem partido) no enfrentamento a pandemia do coronavírus. As declarações foram feitas durante uma transmissão ao vivo com o rabino Michel Schlesinger, presidente da Congregação Israelita Paulista, promovida pela entidade religiosa e pelo Ministério da Cidadania.
Huck declarou que o governo precisa estar aberto ao diálogo com a sociedade civil, com acadêmicos e com cientistas para executar as medidas de combate a pandemia. Segundo ele, a retomada da economia, com preservação de empregos, depende de um trabalho coordenado entre o poder público e a sociedade civil.
"A gente quer que a economia religue, a gente quer que as pessoas voltem aos seus empregos, a gente quer ninguém perca o emprego. Mas isso tem que ser feito com coordenação, com cuidado, com competência, tem que reunir o que tem de melhor na sociedade civil, na ciência, na academia e, se Deus quiser, conseguir um governo que ouça e tenha capacidade de execução", disse.
Sociedade deve doar para mais necessitados
Diante da crise, Huck declarou que as pessoas que tiverem condições de fazer doações para os mais necessitados precisam se empenhar nesse processo. Segundo ele, o governo não será capaz de "despressurizar" a sociedade.
"A gente tem que fazer nossa parte. Quem puder doar, doa. A gente precisa contribuir para que o sofrimento seja mais ameno. Eu não acho que o governo que a gente tem vai ser capaz de despressurizar a sociedade como ela deveria. Na sociedade, a parte que pode vai ter que ajudar a parte que não pode", disse.
Orçamento para salvar vidas
O debate sobre a votação do orçamento de guerra no Congresso Nacional também foi criticado por Huck. Segundo ele, o momento é de salvar vidas e, conceitualmente, esse não é o nome mais adequado para o tema. A proposta do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) cria um regime extraordinário fiscal, financeiro e de contratações para enfrentamento da pandemia.
"Tem me incomodado um pouco quando a gente tenta colocar esse combate a pandemia, como uma questão de guerra ou economia de guerra. O Brasil está votando um orçamento de guerra. Eu acho que é um equívoco. Na guerra, o seu objetivo é destruir o seu inimigo. As pessoas armadas, tentando destruir algo para conquistar alguma coisa. E acho que o que a gente está vivendo agora é o oposto. A gente está tentando salvar o maior número de pessoas", disse.
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