Região metropolitana de Belém está quase sem UTIs disponíveis, diz Helder
O estado do Pará está perto de uma situação limite durante pandemia do novo coronavírus. Segundo o governador Helder Barbalho (MDB), a região metropolitana de Belém tem quase 100% de UTIs ocupadas.
"O gargalo que estamos enfrentando é justamente a escassez de ofertas de leitos de UTI para dar vazão a essas demandas. O percentual de UTIs ocupadas chega a 90% em todo estado. Mas, quando faço o recorte para a região metropolitana, estamos próximos de 100% de ocupação", disse o governador no programa UOL Debate
Segundo Barbalho, as Unidades Básicas de Saúde não estão conseguindo ofertar os serviços de maneira que a população possa ter atenção básica ou início precoce do atendimento que evite que haja o agravamento desses pacientes".
A situação foi abordada no UOL Debate de hoje, que discutiu os desafios de governantes durante a a pandemia do Sars-Cov-2. O programa também reuniu Flávio Dino (PcdoB), governador do Maranhão; Renata Gil, presidente da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros); Ubiratan Sanderson (PSL-RS), deputado federal; e Julio Croda, médico infectologista da Fiocruz.
Segundo dados reunidos até as 13h de ontem pela Secretaria Estadual de Saúde do Pará (Sespa), o estado contabilizava 1.195 casos confirmados de covid-19, com 450 casos recuperados e 43 mortes. Além disso, a secretaria descartou 433 casos e tinha 1.676 casos em análise.
Para Helder Barbalho, os números preocupam, especialmente em Belém e nas cidades vizinhas. "O cenário aqui no nosso estado, em função da extensão territorial, precisa ser analisado sob o ângulo da região metropolitana e sobre o ângulo das demais regiões do estado", explicou. "Estamos vivendo um momento sensível em razão da estrutura da região metropolitana", acrescentou.
O governador lembrou medidas que vêm sendo tomadas desde 16 de março, como as suspensões de aulas, de funcionamento de shopping centers e de transporte interestadual, entre outras. Segundo o emedebista, o momento atual é ainda mais restritivo, com restrição a aglomerações em ambientes comuns e fracionamento de atendimento do comércio nas ruas.
"Tudo isso está sendo feito para que nós possamos compatibilizar (...) demanda crescente, problema em saúde estruturação da rede em UTI", disse, mirando mais medidas de saúde. "O governo do estado deve estar recebendo 400 novas UTI, um incremento que facilitará para que nós possamos passar por esse momento."
Ao mesmo tempo, a Justiça tem sido acionada para que as medidas de restrição sejam abrandadas — segundo Barbalho, são 81 ações até aqui contra as medidas de isolamento. O governo estadual, no entanto, tem reagido no sentido contrário.
"Todos os magistrados têm tido uma colaboração extraordinária", elogiou o governador. "Todas (as decisões) coadunam com a estratégia que estamos fazendo reforçando a lógica de proteção à vida", completou.
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