Freixo: "Novo ministro não pode transformar PF em polícia do presidente"
O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) criticou as possíveis indicações de Jorge Oliveira como novo ministro da Justiça e Alexandre Ramagem para ocupar a direção-geral da Polícia Federal. Em entrevista ao UOL, o parlamentar disse hoje que vai esperar as nomeações serem um ato oficial para entrar com ação na Justiça pedindo a anulação da troca de comando na PF.
"O senhor Jorge Oliveira pode ser uma pessoa muito boa, mas para o cargo de ministro da Justiça, pode ter divergência, convergência, mas há um rito para esse cargo. Ele foi assessor parlamentar do Jair Bolsonaro, chefe de gabinete e padrinho do Eduardo e tem a carteira da OAB há apenas seis anos", disse o deputado.
Freixo disse que a indicação não pode atender a interesses pessoais do presidente. "Eu imagino que para o cargo é preciso que se tenha algo a mais do que boas relações pessoais com o presidente da República. Ele não pode transformar a Polícia Federal numa polícia do presidente. Ele não pode submeter uma polícia de estado a uma polícia de governo e de interesses privados. Ele não pode transformar o Ministério da Justiça em um ministério de interesses políticos, partidários e pessoais", afirmou.
O deputado do PSOL ainda criticou a participação de Bolsonaro nos atos que pediam intervenção militar e um novo AI-5 recentemente. "É ato criminoso, o presidente participou desse ato, tem uma investigação para saber quem financiou. A não ser na cabeça de um autoritário as coisas se confundem, mas ninguém é dono de uma democracia", disse Freixo.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.