Janaína Paschoal diz apoiar governo federal, mas critica 'pensamento único'
Janaína Paschoal (PSL), deputada estadual em São Paulo, afirmou hoje não estar contra o governo federal, apesar de diversas críticas recentes feitas ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). Em março, ela chegou a pedir que Bolsonaro deixasse o cargo.
Em participação hoje em debate na CNN Brasil, Janaína alegou que suas críticas são tentativas de orientar Bolsonaro, e contrárias ao que chamou de "pensamento único".
"Eu não estou contra o governo, eu estou a favor. Também defendo a vida intrauterina, a família, os valores que elegeram o presidente, mas não defendo o pensamento único, a imposição de pensamentos. Não defendo as pessoas serem destratadas, difamadas por divergirem", argumentou a deputada.
"Entendo que o ministério é técnico, mas não adianta se, no final, o presidente bate na mesa e diz: 'quem manda aqui sou eu, não importa o que você estudou'. Quando eu faço essas críticas pontuais, é para corrigir no bom sentido", acrescentou.
"Eu me levantei contra o PT muito por causa dos crimes, mas muito por causa do autoritarismo. Seria bom o pessoal perto do presidente fazer uma autoanálise, avaliar. Será que a Janaína é esquerdista, comunista? Por que será que ela fala isso? Essa autoanálise talvez ajude o presidente."
Apesar do apoio ao governo federal, Janaína fez críticas a posturas da ala bolsonarista, especialmente aos contrários a medidas de isolamento durante a pandemia do novo coronavírus.
"A Constituição garante o direito de ir e vir, mas também o direito à saúde. Todas as democracias estão ponderando esses direitos", alegou a deputada paulista, indo além.
"Não é possível querer dizer que na Itália, Espanha, Alemanha, Estados Unidos, houve isolamento, e isso era antidemocrático. Ou todo esse povo queria derrubar o Bolsonaro? Com todo esse exagero, estão abrindo caminho para ter efetivamente argumento para derrubá-lo."
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