Chamado de 'bosta' por Bolsonaro, Doria diz estar atônito com reunião
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), reagiu a ser chamado de "bosta" pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em reunião ministerial ocorrida no dia 22 de abril.
No encontro, Bolsonaro se refere aos governadores João Doria e Wilson Witzel (PSC), do Rio de Janeiro, como "bosta" e "estrume", respectivamente. Os xingamentos aparecem no vídeo que teve sigilo retirado hoje pelo ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), relator de inquérito que apura suposta interferência de Bolsonaro na Polícia Federal.
"O Brasil está atônito com o nível da reunião ministerial. Palavrões, ofensas e ataques a governadores, prefeitos, parlamentares e ministros do Supremo, demonstram descaso com a democracia, desprezo pela nação e agressões à institucionalidade da Presidência da República", disse Doria no Twitter. "Lamentável exemplo em meio a maior crise de saúde da história do país e diante de milhares de vítimas", completou.
Vídeo da reunião
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Celso de Mello divulgou trechos doo vídeo com o registro da reunião ministerial de 22 de abril.
O ex-ministro da Justiça Sergio Moro acusa o presidente Jair Bolsonaro de tê-lo pressionado por trocas em postos de comando na Polícia Federal. Bolsonaro nega a acusação e diz ter se referido a mudanças na segurança pessoal e de sua família.
O vídeo está sendo analisado no inquérito aberto no STF a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) para investigar as acusações de eventual interferência política do presidente sobre a Polícia Federal.
O vídeo foi entregue pela Polícia Federal ao gabinete do ministro na última segunda-feira, em um pen drive. Celso de Mello assistiu à gravação de sua casa em São Paulo, por meio de um sistema que realizou a transmissão das imagens direto de seu gabinete no STF, em Brasília.
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