Moro celebra suspensão de perfis ligados aos Bolsonaros: 'Rede de mentiras'
O ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, celebrou hoje a decisão do Facebook de suspender contas ligadas à família Bolsonaro e a deputados do PSL. O ex-juiz federal se disse alvo dessa "rede de mentiras" que, segundo ele, perdeu "qualquer senso de decência".
"Fui alvo da rede de mentiras que age por motivos político-partidários. Pessoas que perderam qualquer senso de decência. Parabéns ao Facebook que suspendeu as contas de notícias falsas e fraudes", escreveu Moro em uma rede social.
A rede citada pelo ex-ministro era formada por 73 contas, 14 páginas e um grupo na rede social e no Instagram de funcionários dos gabinetes do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), além de envolvidos com o PSL, partido pelo qual o presidente se elegeu.
As remoções ocorreram porque estas páginas empregavam ações vetadas pela plataforma, como o uso de contas falsas, envio de spam ou adoção de ferramentas artificiais para ampliar a presença online.
Também nesta quarta-feira, a empresa derrubou outras redes coordenadas desse tipo nos Estados Unidos, na Ucrânia e em outros países da América Latina.
No Brasil, ainda que os envolvidos tenham tentado disfarçar suas identidades, o Facebook conseguiu constatar sua ligação com pessoas ligadas ao PSL e funcionários dos deputados estaduais Anderson Moraes e Alana Passos (ambos do PSL-RJ) e ao clã Bolsonaro. Segundo a rede social, há indícios de que os parlamentares, assim como Eduardo e Jair Bolsonaro, estejam envolvidos diretamente.
Ao todo, foram desmobilizados no Brasil:
- 35 contas no Facebook
- 38 contas no Instagram
- 14 páginas
- 1 grupo no Facebook
Essa rede possuía:
- 883 mil seguidores no Facebook
- 350 inscritos no grupo
- 917 mil seguidores no Instagram
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