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Doria diz que Brasil vive 'período de calma' com Bolsonaro em quarentena

Governador de São Paulo, João Doria (PSDB)  - MISTER SHADOW/ASI/ESTADÃO CONTEÚDO
Governador de São Paulo, João Doria (PSDB) Imagem: MISTER SHADOW/ASI/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

17/07/2020 18h54

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse hoje que o Brasil vive um "período de calma" desde que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) entrou em quarentena após receber o diagnóstico de infecção pelo novo coronavírus. Em entrevista à CNN Brasil, o tucano desejou melhoras ao chefe do Executivo federal, mas pediu que Bolsonaro tenha "consciência" da necessidade "paz, entendimento e harmonia" no país.

"Nesses últimos dias, um presidente em quarentena e isolamento, o país vive um período de calma. Tomara que continue, desejo que ele se recupere, logicamente, que ele saia da quarentena, mas que tenha talvez por conta desta experiência a consciência de que o país precisa de paz, entendimento, harmonia. Os governadores desejam isso também. E o país espera isso de um presidente da República, que seja menos partidário, menos ligado a ideologias, controlado por um gabinete do ódio", disse Doria.

O governador respondia a uma questão sobre a mudança de tom de Bolsonaro nas últimas semanas, após o discurso de conflito com os chefes dos estados e o confronto às medidas de isolamento social adotadas por eles, bem como a defesa da hidroxicloroquina no tratamento da covid-19.

"A mudança de tom não foi nossa, nem meu, nem dos outros 26 governadores. Todos praticaram corretamente o que a OMS determinou. Todos fizeram a quarentena, decretaram isolamento social, não adotaram uso indiscriminado da hidroxicloroquina. Quem adotou posição de distanciamento (em relação aos demais políticos), infelizmente, foi o presidente Jair Bolsonaro por razões que vocês já debateram várias vezes", afirmou o tucano.

Doria, no entanto, elogiou o atual ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, e não quis comentar as declarações recentes do ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), sobre os militares estarem se aliando a uma política "genocida" na pandemia.

"O ministro interino Eduardo Pazuello tem sido bastante correto, não só com o governo de SP, mas com os demais governos e suas secretarias de Saúde. Ele tem atendido as demandas, solicitações, além de praticado audiências e encontros virtuais com a maioria dos secretários. Ele estabeleceu o compromisso do ministério com respiradores, leitos, foi extremamente correto conosco. Tenho que ter um tratamento justo e não uma estigmatização com sentido de militarização. Ele foi extremamente correto", disse o governador paulista.