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Flavio Bolsonaro diz que presidente manterá postura menos combativa

O senador Flávio Bolsonaro com o pai, o presidente Jair Bolsonaro; postura de distensionamento deve ser mantida - Adriano Machado/Reuters
O senador Flávio Bolsonaro com o pai, o presidente Jair Bolsonaro; postura de distensionamento deve ser mantida Imagem: Adriano Machado/Reuters

Do UOL, em São Paulo

22/07/2020 09h28

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) disse, em entrevista ao jornal O Globo, que o seu pai, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), deve manter o que chama de "postura de distensionamento".

Depois de um período de atritos com o STF (Superior Tribunal Federal) e Congresso Nacional, o chefe do Executivo tem se afastado de embates. Segundo Flávio, a postura menos combativa tem refletido nos índices de aprovação do presidente.

"Essa postura de distensionamento não vai ser provisória. Vai ser permanente", afirmou Flávio Bolsonaro, que disse não confiar muito em pesquisas, mas atribuiu uma melhor na imagem do governo como um "efeito do distensionamento".

"O presidente está consciente de que isso é importante e quer manter um diálogo aberto com todos. Menos atritos com o STF, com o Legislativo... Rusgas são muito ruins. Ninguém quer uma ruptura", completou.

Uma pesquisa recente da XP/Ipespe mostrou que a aprovação do governo (ótima ou boa) subiu dois pontos percentuais em julho, dentro da margem de erro de 3,2%, chegando a 30%.

Ainda de acordo com Flávio Bolsonaro, as polêmicas têm como efeito ocultar ações do governo. "Quando não há polêmica para a mídia repercutir, acaba que as realizações do governo se sobressaem. A agenda positiva do Brasil fica em evidência", disse.

Recuperando-se de covid-19, Bolsonaro tem ficado em isolamento no Palácio da Alvorada, cumprindo a agenda presidencial por meio de videoconferências.

O chefe do Executivo tem evitado declarações polêmicas depois de um primeiro semestre marcado por momentos de tensão, principalmente em relação ao STF. Decisões contrárias ao seu entendimento geraram ataques diretos de Bolsonaro a ministros como Alexandre de Moraes e Celso de Mello.