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Doria diz que denúncias contra Alckmin e Serra não são de ordem política

Do UOL, em São Paulo

24/07/2020 14h18Atualizada em 24/07/2020 14h32

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou hoje que não classifica as investigações envolvendo os tucanos Geraldo Alckmin e José Serra como operações de ordem política.

"Não vemos essas denúncias como uma resposta de ordem política, e sim como de ordem técnica. A Polícia Federal realiza o seu trabalho assim como o Ministério Público Federal e o Ministério Público Estadual cumprindo o seu dever, e o dever é de investigar", declarou durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes.

Doria afirmou que a posição dele, assim como a do partido, é de que a toda investigação deve ser levada adiante sem que haja obstáculo ou obstruções até que se tenha o resultado final.

"Mas lembrando que são investigações. Não há ainda deliberação, não há julgamento feito", disse.

Alckmin denunciado

Ontem, o MP-SP (Ministério Público de São Paulo) denunciou por meio de sua força-tarefa o ex-governador Geraldo Alckmin à Justiça Eleitoral. O tucano foi denunciado por ser suspeito de crimes de falsidade ideológica eleitoral, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A defesa de Alckmin disse que as conclusões do inquérito são "infundadas".

Segundo o MP estadual, Alckmin teria recebido R$ 2 milhões em espécie da Odebrecht na campanha eleitoral de 2010 e outros R$ 9 milhões quando disputou o pleito em 2014.

O ex-governador foi indiciado na semana passada pela Polícia Federal por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e caixa dois eleitoral. Ele afirmou não ter sido ouvido durante o processo, mas se comprometeu a "prestar contas" à Justiça.

Serra investigado

Outro nome forte do PSDB, o senador José Serra foi alvo de uma operação da Polícia Federal no início da semana por suspeita de caixa dois na campanha eleitoral ao Senado em 2014.

Serra é suspeito de integrar um esquema de doações via caixa dois que teria irrigado sua campanha com R$ 7 milhões em 2014. O fundador da Qualicorp, José Seripieri Filho, seria o administrador dos recursos e foi detido na operação.