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Damares diz que não aceitaria cadeira no STF: 'Não me sinto à altura'

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves - Mateus Bonomi/AGIF/Estadão Conteúdo
A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves Imagem: Mateus Bonomi/AGIF/Estadão Conteúdo

Colaboração para o UOL, em São Paulo

17/09/2020 20h48

A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves comentou sobre as especulações de que o seu nome poderia ser indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao Supremo Tribunal Federal (STF) para ocupar a vaga do ministro Celso de Mello, que se aposenta e deixa a Corte em novembro. Em entrevista à Rádio Jovem Pan, Damares disse não estar preparada para assumir uma posição no STF e que pretende permanecer em seu cargo atual.

"Aquele espaço é para notório saber jurídico e estou há muitos anos fora da área jurídica, estou somente no direito Legislativo. Não me sinto à altura de ser indicada para a Suprema Corte, quero continuar no chão de fábrica, trabalhando pelo Brasil, pelas crianças", disse.

A ministra também brincou com a suposta indicação e ironizou: "O que pesa muito é que a toga das ministras não são cor-de-rosa, não vou para uma corte que eu não possa vestir uma toga cor-de-rosa".

Volta às aulas

Sobre a retomada das aulas presenciais em meio à pandemia do coronavírus, a ministra se mostrou a favor e disse que a interrupção das aulas terá prejuízos a longo prazo.

"Concordo se tivermos garantias sanitárias e elas estão sendo garantidas. Em alguns países percebeu-se que o aumento não foi tão grande. Sou a favor pelas famílias que estão precisando voltar ao trabalho. Nós somos o país com o maior número de dias sem aulas e nós vamos ter um prejuízo para gerações", ressaltou.

Damares pontuou que também está conversando com o Ministério da Educação para a retomada.

"Esse retorno vai ser doloroso, vai ser difícil para o professor, para o aluno e a família. A interrupção não foi boa para ninguém. O Ministério da Educação está se preparando e, inclusive nos primeiros dias, serão ações mais lúdicas, teatro, música, convivência, porque esse retorno não vai ser fácil. Quanto mais cedo a gente voltar, mais tempo a gente ganha", finalizou a ministra.