Wajngarten muda de cargo no Governo e reassume comando das redes sociais
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reconduziu hoje, em ato publicado no Diário Oficial da União, Fabio Wajngarten à chefia da Secom (Secretaria Especial de Comunicação). O publicitário retorna ao comando da pasta depois de um período de 5 meses na função de secretário-executivo do ministro das Comunicações, Fábio Faria.
Considerado um "olavista" (admirador do ideólogo de direita Olavo de Carvalho), Wajngarten é um dos sobreviventes da ala ideológica. Esse núcleo que vem sendo desmontado no governo desde que Bolsonaro se aliou ao centrão (bloco parlamentar informal que costuma remar de acordo com a maré).
No período em que exerceu a função de secretário-executivo, Wajngarten continuou com ações ligadas à Secom, apesar de ter outras atribuições. Agora, com o novo cargo, tem trabalho mais específico para comunicação social.
Sob comando de Wajngarten, a Secom se acostumou a fazer uso político de canais oficiais e a acumular polêmicas nas redes sociais, com ataques a terceiros e debates inflamados para defender ou exaltar o bolsonarismo.
Os atritos desgastaram a imagem do publicitário, mas ele se manteve no cargo até Bolsonaro, sob pressão, recriar o Ministério das Comunicações. O presidente então alçou a ministro o deputado Fábio Faria (PSD-RN), membro do centrão e considerado quadro mais moderado e aberto ao diálogo.
Para reassumir a chefia da Secom, Wajngarten foi exonerado do cargo que ocupava anteriormente. Quem herdará a função é Vitor Elísio Oliveira, que estava na posição de secretário de Telecomunicações do Ministério da Ciência e Tecnologia.
Segundo fontes ligadas ao Ministério das Comunicações, a mudança já era prevista e Wajngarten está onde "sempre quis estar". A pasta aguardava que a MP que recriou o ministério fosse sancionada, o que aconteceu em outubro.
Mesmo salário
Wajngarten volta à Secom com o mesmo salário que tinha na condição de secretário-executivo do Ministério das Comunicações: R$ 17.327,65, segundo o ministério das Comunicações.
Já Vitor Elísio Oliveira teve um aumento de R$ 383. Ele deixou a função DAS- (Direção e Assessoramento Superior nível 6), com salário de R$ 16.944 para assumir como CNE (Cargo de Natureza Especial), com R$ 17.327. O salário é o mesmo de Wajngarten pela natureza da função.
Wajngarten falou sobre a mudança de cargo no Twitter:
O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.
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