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Heleno fala em 'fogueirinha' ao mencionar queimadas em viagem à Amazônia

10 jul.2019 - General Augusto Heleno, ministro do do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) - FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
10 jul.2019 - General Augusto Heleno, ministro do do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) Imagem: FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

05/11/2020 09h04

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, citou "uma fogueirinha" ontem ao falar sobre queimadas durante uma viagem à Amazônia, em entrevista à Rede Amazônica, afiliada da TV Globo. Ele sobrevoou o local com embaixadores estrangeiros e disse que a situação é retirada de contexto, com a impressão de que "a Amazônia está em chamadas", afirmando que se a situação fosse tão ruim ia "chegar fumaça lá em Londres, em Paris".

"Passamos ali por cima e ressaltamos que ali tem algumas áreas que são áreas de queimadas, mas isso é totalmente deturpado, porque é colocado fora de contexto, que é uma coisa majestosa, fica virando uma fogueirinha. Isso é ruim para a gente", disse o ministro.

Segundo Heleno, a viagem é importante para que se mostre a "Amazônia real". "Conhecer de livro, vídeo na televisão, é muito pouco para quem quer dar palpite sobre a Amazônia. [...] Fica parecendo, para quem nunca esteve aqui, que a selva é pequenininha, que está pegando fogo, essas coisas que são divulgadas irresponsavelmente."

A viagem acontece depois de oito países europeus cobrarem medidas contra o avanço do desmatamento em carta ao vice-presidente do Brasil e presidente do Conselho da Amazônia, Hamilton Mourão. No documento, os países dizem que a "tendência crescente de desflorestamento no Brasil está tornando mais difícil" o investimento no país.

A visita, que dura até 6 de novembro, tem como objetivo melhorar a imagem do Brasil. quanto à preservação do meio ambiente.

Na comitiva, embarcaram, além de Heleno e Mourão, os ministros Ricardo Salles, do Meio Ambiente, e Tereza Cristina, da Agricultura.

Segundo o Programa Queimadas do Inpe (Instituto de Pesquisa Científica), apenas entre janeiro e outubro, foram 93.356 focos de incêndio na Amazônia em 2020, número maior que o total de 2019. Somente em outubro, foram 17.326 focos.

O avanço do fogo na região acontece apesar da presença das Forças Armadas, na Operação Verde Brasil 2, na Amazônia desde maio.