Com recado a Bolsonaro, Doria parabeniza Biden em carta em inglês
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), parabenizou o democrata Joe Biden por ter vencido as eleições americanas neste sábado (7). Na carta oficial, redigida em inglês, o tucano manda um recado ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), adversário político, que apoiou publicamente a reeleição do republicano Donald Trump.
Doria fala da importância econômica do estado de São Paulo para o Brasil e a relação com os Estados Unidos e endossa propostas ambientais, pautas pouco exploradas tanto por Trump quanto por Bolsonaro. Diferente do governo paulista, o governo brasileiro não se pronunciou pela vitória de Biden.
"Como governador do estado de São Paulo, maior parceiro comercial dos Estados Unidos no Brasil, gostaria de fortalecer os laços entre nossas sociedades. São Paulo apoia políticas economicamente orientadas pelo mercado aliadas à proteção ambiental", diz Doria, na carta.
"Nós também somos comprometidos com o desenvolvimento sustentável ao honrar os objetivos do Acordo de Paris e, portanto, reduzir a emissão global de carbono", completa.
O governo Trump foi marcado por decisões que confrontavam pautas ambientalistas. Na atitude mais marcante, os Estados Unidos deixaram o Acordo de Paris em 2017. Nesta eleição, ambientalismo foi um dos principais temas de Biden.
Bolsonaro chegou a flertar com a saída do acordo em 2018, quando candidato, mas não se concretizou. Aliado a Trump, seu governo, no entanto, é marcado por tentativas de flexibilizações de regras ambientais e do aumento do desmatamento.
Apesar de ter usado o "Bolsodoria" como uma das frentes de campanha em 2018, o governador paulista rompeu com o presidente em meio à pandemia de coronavírus e tem criticado decisões econômicas do governo.
Bolsonaro, por sua vez, declarou publicamente seu apoio à reeleição de Trump. Após o anúncio da derrota, o presidente brasileiro ainda não se pronunciou.
Biden foi considerado o 46º presidente dos Estados Unidos pela imprensa neste sábado após vencer na Pensilvânia e em Nevada. Com as vitórias, o democrata reúne pelo menos 279 votos do Colégio Eleitoral, nove a mais do que precisava para derrotar Trump. Quatro estados ainda estão em apuração.
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