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Recomendo parar de me atacar, diz Doria após críticas de Bolsonaro

"O Brasil não quer um presidente que só pensa em reeleição", disse João Doria após Jair Bolsonaro o chamar de "lunático" - Deyvid Edson/Futura Press/Estadão Conteúdo
"O Brasil não quer um presidente que só pensa em reeleição", disse João Doria após Jair Bolsonaro o chamar de "lunático" Imagem: Deyvid Edson/Futura Press/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

29/10/2020 12h59

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), pediu que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que disparou críticas contra ele ontem, pare de atacá-lo e disse que o Brasil quer "mais compaixão".

"Recomendo ao presidente Bolsonaro parar de me atacar e começar a trabalhar. O povo não quer briga, quer emprego. O Brasil não quer divisão, quer compaixão", disse o tucano em nota. "O Brasil não quer um presidente que só pensa em reeleição", continuou.

Ontem à noite, Bolsonaro disse que o estado de São Paulo "só não quebrou" por conta da ajuda dada pelo governo federal durante a pandemia do novo coronavírus.

"Imagina se tivesse o Doria como presidente. Esse da vacina obrigatória, que fechou tudo em São Paulo e só não quebrou São Paulo dado ao auxílio do governo federal", disse o presidente para apoiadores.

"Aumentou tudo, tudo que possa imaginar, e ainda fala em obrigar tomar a vacina. Que lunático!", continuou.

Na última terça-feira (27), Bolsonaro também atacou Doria, dizendo que o tucano aumentou impostos em São Paulo.

"São Paulo aumentou barbaramente produto da cesta básica. Lamentavelmente. São Paulo está cobrando imposto até do cara que é deficiente e compra carro", afirmou.

Na época, Doria também rebateu Bolsonaro, chamando-o de "desinformado". "São Paulo não fez e não fará nenhum aumento de imposto. Fizemos sim a reforma administrativa que ele, Bolsonaro, deixou de fazer no plano federal", pontuou.

A reforma a qual Doria se refere é a fiscal, que teve seu texto-base aprovado pela Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) e permite que o governo estadual extinga estatais e fundações, reduza benefícios fiscais e promova um plano de demissão voluntária de servidores.