Sem provas, Bolsonaro fala em fraude nas eleições dos EUA: 'vou aguardar'
Ainda sem parabenizar o democrata Joe Biden pela vitória nas eleições americanas realizadas no começo de novembro, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse hoje, sem provas, que houve fraude no pleito.
Bolsonaro ainda afirmou que vai aguardar "um pouco mais" antes de se pronunciar sobre a eleição. O presidente brasileiro considera o candidato derrotado, o republicano Donald Trump, um aliado. O atual presidente americano contesta o resultado da eleição, também sem apresentar indícios de fraude.
"Confiaram em um método onde o povo estava sempre com um objetivo. É um dos países que é 'mãe da democracia'. Agora, a imprensa não divulga, mas eu tenho minhas fontes de informações, não adianta falar para vocês, não vão divulgar. Mas realmente teve muita fraude lá, isso ninguém discute", disse após votar no Rio de Janeiro nas eleições municipais brasileiras.
Bolsonaro não apresentou indícios ou provas da fraude que mencionou, mas disse que é preciso esperar uma determinação da suprema corte americana, embora até o momento não haja indicação de que as contestações de Trump sejam apreciadas na mais alta corte. Hoje, o próprio presidente americano reconheceu ser difícil esta possibilidade.
"Se ela foi suficiente para definir um ou outro, eu não sei. Eu estou aguardando um pouco mais, que lá seja decidido pela justiça eleitoral deles e quem sabe pela suprema corte no final", disse Bolsonaro. Os Estados Unidos não possuem uma Justiça Eleitoral nacional, sendo que cabe a cada estado organizar a votação.
Até o momento, a campanha de Trump já sofreu mais de 20 derrotas judiciais em sua tentativa de negar o resultado das eleições de 3 de novembro. A campanha eleitoral e seus apoiadores tentaram e não conseguiram convencer os juízes de irregularidades eleitorais em Michigan, Geórgia, Arizona e Nevada e Pensilvânia, locais fundamentais para a vitória de Biden.
Biden, que ganhou quase 80 milhões de votos contra os quase 74 milhões de Trump, tem 306 votos eleitorais contra 232 para o republicano. A formalização da vitória do democrata ocorrerá em uma reunião do Colégio Eleitoral no dia 14 de dezembro, sendo que a maioria dos estados já certificou o resultado, confirmando a projeção de vitória do democrata.
Entre os maiores países do mundo, apenas o Brasil e a Rússia, governada por Vladimir Putin, não reconheceram a vitória de Biden. Na última semana a China se somou aos principais países europeus ao parabenizar o democrata.
Embora não tenha reconhecida a vitória do rival, Trump recentemente permitiu o início da transição de governo.
*Com informações das agências Reuters e AFP
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