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Sem mea-culpa, Bolsonaro diz que governo 'se comportou bem' na pandemia

Presidente valorizou atuação de militares no governo e ações na área econômica - THIAGO RIBEIRO/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO
Presidente valorizou atuação de militares no governo e ações na área econômica Imagem: THIAGO RIBEIRO/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, em Brasília

09/12/2020 13h55Atualizada em 09/12/2020 14h53

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou hoje que os integrantes do governo, das alas militar e civil, se "comportaram bem" durante a pandemia do coronavírus.

O governante elogiou o trabalho dos ministros de forma genérica e, por outro lado, deixou de abordar questões como a curva de mortes —o Brasil é o segundo país no mundo com mais óbitos, segundo a Universidade Johns Hopkins— e polêmicas relacionadas a pesquisas de vacinas.

Na visão do presidente, o governo agiu de forma eficiente "não só na questão da economia, como na busca de diminuir o sofrimento dos nossos irmãos".

"Passamos este ano um momento dificílimo com a pandemia. Juntamente com os nossos colegas, civis, nos comportamos muito bem", declarou ele a generais do alto comando das Forças Armadas durante um almoço de fim de ano no Clube da Aeronáutica, em Brasília.

Até o último levantamento feito pelo consórcio de veículos da imprensa do qual o UOL faz parte, o Brasil já tinha 178.184 mortes causadas pelo novo coronavírus e 6.675.915 pessoas infectadas.

Pouco antes de abordar o assunto da pandemia, Bolsonaro comentou dificuldades que, segundo ele, os militares supostamente enfrentam ao migrar para o Executivo.

"O Brasil olha para nós. Temos um presidente e um vice que são militares. Buscam com lupa possíveis defeitos. Buscam de todas as maneiras até mesmo nos desacreditar."

Durante o discurso no Clube da Aeronáutica, Bolsonaro fez uma espécie de resumo de 2020 e exaltou o trabalho dos subordinados militares. Evitou, por outro lado, qualquer tipo de autocrítica.

"A missão não é fácil, mas Deus não nos dá uma cruz mais pesada do que podemos carregar", ponderou.