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Gaeco prende 2 vereadores por fraude em licitação em Ponta Grossa

Ricardo Zampieri participava da CPI sobre as licitações investigadas - Facebook/ Reprodução
Ricardo Zampieri participava da CPI sobre as licitações investigadas Imagem: Facebook/ Reprodução

Colaboração para o UOL

15/12/2020 15h00

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público do Paraná cumpriu hoje 7 mandados de prisão da Operação Saturno, que investiga possíveis crimes de corrupção, fraude a licitação e tráfico de influência em Ponta Grossa. Dois presos eram vereadores e participavam da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sobre esse assunto.

A suspeita é que havia manipulação e corrupção de vereadores na CPI que apurava fraudes em processos licitatórios. O presidente da comissão, Ricardo Zampieri (Republicanos), e o relator, Valtão (PRTB), são suspeitos de articular esse esquema.

O problema começou quando investigações conduzidas pelo Núcleo de Ponta Grossa do Gaeco identificaram possíveis ilegalidades na contratação de empresa pela AMTT (Autarquia Municipal de Trânsito e Transportes do Município) para a implantação e operação do Estar Digital (estacionamento rotativo) e para a compra de softwares pela Prolar (Companhia de Habitação de Ponta Grossa), entre os anos de 2016 e 2020.

Entre os presos também estão 4 empresários envolvidos nessa contratação, assim como o presidente da AMTT, Roberto Pelissari.

Além das prisões, o Gaeco também cumpriu 22 mandados de busca e apreensão na Prefeitura Municipal de Ponta Grossa, na Câmara Municipal (em gabinetes de 5 vereadores que integram a CPI), na AMTT, na sede de 3 empresas e em 16 residências (de empresários e servidores públicos). Dos 22 mandados, 18 são cumpridos em Ponta Grossa e quatro em Curitiba. Todos foram expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Criminal de Ponta Grossa.