Após reportagem, PGR vai apurar compra de imóveis por Eduardo Bolsonaro
A PGR (Procuradoria-Geral da República) abriu uma apuração preliminar para analisar o pagamento em dinheiro vivo feito deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) na compra de dois apartamentos na na zona sul do Rio de Janeiro, em 2011 e 2016.
A abertura da apuração preliminar do caso foi informada pela PGR ao STF na última sexta-feira (18). Esse tipo de investigação incial é feito para identificar se há elementos que justifiquem a abertura de uma investigação formal sobre o caso.
O deputado é filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
A informação sobre os imóveis foi revelada pelo jornal O Globo, em setembro. A reportagem do jornal, com base em escrituras públicas dos imóveis, afirmou que Eduardo Bolsonaro usou R$ 150 mil em dinheiro para pagar parte do valor dos apartamentos.
Após a publicação, um advogado pediu ao STF que o deputado fosse investigado, afirmando que o pagamento em dinheiro levantava suspeitas de lavagem de dinheiro. Nesse tipo de ação, o STF costuma ouvir a PGR, órgão responsável pelas ações penais e por realizar investigações criminais.
Segundo a reportagem, a primeira compra, de um apartamento em Copacabana, em 2011, foi registrada no valor de R$ 160 mil, sendo pagos desse valor R$ 50 mil em "moeda corrente do país", termo utilizado para indicar pagamento em espécie.
Em 2016, ainda de acordo com O Globo, o deputado registrou a compra de um apartamento em Botafogo por R$ 1 milhão, tendo pago R$ 100 mil em espécie.
A reportagem do UOL não conseguiu entrar em contato com o deputado.
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