Bolsonaro nada com banhistas, causa aglomeração e publica ofensa a Doria
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez hoje um passeio de lancha pela Praia Grande, em São Paulo, região em que ele passou a virada do ano com a família e aproveita dias de folga —o retorno ao batente ocorrerá na segunda-feira (4).
O governante mergulhou no mar e nadou em direção aos banhistas, provocando aglomerações. Dezenas de pessoas ficaram ao redor do presidente para tirar fotos e saudá-lo.
Ao mergulhar, Bolsonaro foi acompanhado de seguranças do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), que nadaram ao lado do presidente e formaram uma espécie de cordão de isolamento. Mesmo assim, o chefe do Executivo federal ficou muito próximo dos banhistas.
As cenas foram publicadas hoje pelo próprio Bolsonaro em sua página no Facebook. Nas imagens, é possível observar que os apoiadores gritavam palavras de baixo calão e ofensas contra o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). O tucano, um dos adversários políticos do presidente, fez críticas à postura do presidente em uma rede social.
Na última quarta-feira (30), Bolsonaro já havia feito um passeio por Praia Grande, mas dessa vez com o pé na areia e contato muito próximo aos banhistas. A presença dele atraiu dezenas de pessoas e provocou aglomerações. Uma grade teve que ser instalada para estabelecer distância mínima em relação aos populares.
A atitude do presidente rendeu críticas devido ao fato de que o país vem observando aumento do número de mortes e do número de casos de contaminação pelo coronavírus. Desde o início da pandemia, segundo o boletim divulgado ontem pelo consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, o Brasil registrou 194.976 óbitos em decorrência da doença.
"Atender o povo é obrigação", disse presidente na quarta-feira
Na última quarta, vestido com a camisa do Santos, Bolsonaro se aproximou do público e, sem máscara, interagiu com abraços e apertos de mão. O presidente comentou a cena em live transmitida por meio de suas redes sociais.
"O povo está aqui na praia. Muitos vão falar que tem aglomeração, mas como eu disse lá no começo... Nós temos que enfrentar [a pandemia]. Tomar conta dos mais idosos, que têm comorbidade... E toca a vida."
"A gente faz isso aí [interage com apoiadores]. Se arrisca também um pouco, né? Para ver o que acontece. O que tem a falar... Alguns até reclamam, né? É direito deles. Mas sempre tivemos e estaremos ao lado da população. Porque aqui, atender o povo é a nossa obrigação."
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