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Bolsonaro nega saída de Pazuello e culpa custo das seringas após fracasso

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) faz live no último dia de 2020 - Reprodução
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) faz live no último dia de 2020 Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

31/12/2020 19h37

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou hoje a imprensa e disse que é mentira que vai demitir o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello. A saída do ministro foi informada ontem pela colunista do UOL, Thaís Oyama.

Na última live semanal no Facebook deste ano, Bolsonaro ainda culpou a alta no preço das seringas pelo fracasso do Ministério da Saúde, que garantiu ontem menos de 3% do necessário para o plano de imunização.

"Sabe para quanto foi o preço da seringa no Brasil? Aqui é Brasil... sabe como está a produção disso? Como o mercado reagiu sabendo que tínhamos que comprar 100 milhões ou mais de seringas? Quando a procura é enorme e a produção não é grande... o preço vai lá para cima", disse.

Bolsonaro, inclusive, afirmou que Oyama e o jornalista Ricardo Noblat, da Veja, são "dois idiotas" pelas informações mentirosas divulgadas nesta semana. "Nada do que vocês falaram na imprensa aconteceu", apontou. Segundo ele, a grande mídia "extrapolou" com informações equivocadas.

"A imprensa extrapolou. Pegou a [ministra] Damares [Alves] e botou na Cidadania, demitiu o [general Luiz Eduardo] Ramos, o [presidente do Senado, Davi] Alcolumbre ganhou ministério. É uma vergonha grande parte da mídia brasileira".

Segundo Oyama, Pazuello deve ser substituído pelo atual líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP), assim que a o Plano Nacional de Imunização começar. Diferentemente do que Bolsonaro disse, o texto foi publicado antes mesmo de sair o resultado da compra de seringas pelo Ministério da Saúde.

Ainda de acordo com a coluna, e erro de apostar numa só vacina, ao contrário do que fizeram quase todos os vizinhos do Brasil da América Latina, foi o primeiro dos muitos maus passos dados pelo Ministério na Saúde nessa fase da pandemia.