Bolsonaro passeia na praia, causa aglomeração e cogita ir a funeral de PM
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) aproveitou hoje o dia de folga no litoral de São Paulo, onde passará o Ano Novo com a família, para passear na praia. Em dia ensolarado na Praia Grande, ele caminhou pela areia e parou para cumprimentar e conversar com apoiadores.
A presença do governante no local atraiu dezenas de pessoas e provocou aglomerações. Uma grade teve que ser instalada para estabelecer distância mínima em relação aos populares.
Vestido com a camisa do Santos, Bolsonaro se aproximou do público e, sem máscara, interagiu com abraços e apertos de mão. O presidente comentou a cena em live transmitida por meio de suas redes sociais. "O povo está aqui na praia. Muitos vão falar que tem aglomeração, mas como eu disse lá no começo... Nós temos que enfrentar [a pandemia]. Tomar conta dos mais idosos, que têm comorbidade... E toca a vida."
"A gente faz isso aí [interage com apoiadores]. Se arrisca também um pouco, né? Para ver o que acontece. O que tem a falar... Alguns até reclamam, né? É direito deles. Mas sempre tivemos e estaremos ao lado da população. Porque aqui, atender o povo é a nossa obrigação."
Durante a caminhada, Bolsonaro lamentou a morte do cabo da Polícia Militar de São Paulo Diogo Gomes de Melo, 31, que se afogou ao tentar salvar quatro crianças que estavam no mar de Itanhaém, no litoral paulista, na tarde de ontem. O PM estava de folga.
O presidente revelou ainda que está fazendo contatos com a família para ir ao sepultamento do policial, hoje à tarde. O Planalto não confirmou oficialmente se Bolsonaro realmente vai ou não comparecer.
"O gesto dele parece que foi instintivo. Uma grande perda para todos nós, para a nossa Polícia Militar. Lamento o ocorrido. Hoje à tarde devo ir no sepultamento dele. Estamos fazendo contatos com a família. É a nossa vida. Realmente, um herói, né? Deu a sua vida pela vida de algumas crianças que estavam tomando banho naquele local."
Corda no pescoço
Bolsonaro disse se sentir cobrado por "alguns" que, segundo ele, "esquecem até que estamos terminando um ano atípico". "Sei que muitos cobram e querem coisa melhor", comentou ele.
As críticas às quais o presidente se referiu são, em grande parte, de seus seguidores nas redes sociais.
"Alguns esquecem até que estamos terminando um ano atípico, onde nós nos endividamos em mais de R$ 700 bilhões para conter a pandemia, dar o auxílio emergencial para quem perdeu tudo."
Na versão do governante, as dívidas que o governo foi forçado a fazer para bancar o auxílio emergencial, socorro financeiro dado a pessoas que tiveram a renda impactada pela pandemia, inviabilizariam a renovação do auxílio.
"Querem que a gente renove, mas a nossa capacidade de endividamento chegou ao limite."
Camisa do Corinthians
Mesmo usando o uniforme do Santos, Bolsonaro aproveitou o pedido de um apoiador para vestir a camisa do Corinthians por sobre a santista. O presidente permaneceu por pouco tempo com a camisa, apenas o suficiente para que fosse fotografado com o uniforme corintiano.
Há dois dias, Bolsonaro disputou um amistoso beneficente na Vila Belmiro, em Santos (SP). A partida contou com atletas, ex-atletas, dirigentes e músicos. O presidente ficou por alguns minutos em campo e marcou um gol.
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