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Apoio do PT a Baleia Rossi é 'fenômeno democrático', diz Temer

O ex-presidente Michel Temer durante a missão brasileira ao Líbano no ano passado - Aloísio Maurício/Fotoarena/Estadão Conteúdo
O ex-presidente Michel Temer durante a missão brasileira ao Líbano no ano passado Imagem: Aloísio Maurício/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

11/01/2021 09h41Atualizada em 11/01/2021 10h05

O ex-Presidente da República Michel Temer (MDB) afirmou que o apoio do PT à candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP) à Presidência da Câmara dos Deputados é um "fenômenos da democracia" atual.

Em entrevista à rádio Bandeirantes na manhã de hoje, Temer disse não se incomodar com a aliança entre seu partido e o PT, que o chamou de "golpista" por causa do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

"Temos de compreender isso como um fenômeno democrático. Quando assumi o poder via com muita naturalidade aqueles que haviam perdido poder se oporem ao meu governo. Eu até dialogava com pessoal do PT, isso muito pautado com experiência que tive na Câmara, fazendo composições internas com partidos de oposição", declarou.

Temer, que foi presidente da Câmara duas vezes no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e uma vez no governo Lula (PT), disse ver com preocupação a divisão criada para a eleição do comando da casa, em que os candidatos são apresentados como a favor —Artur Lira (PP-AL)— e contra —Baleia Rossi— o governo.

De acordo com o ex-presidente, quem comandar a Câmara não deve se limitar a ser situação ou oposição, mas sim pautar projetos que sejam positivos para o país.

"A função do presidente da Câmara e da mesa diretora é cumprir o que interessa ao Brasil, ao povo brasileiro", afirmou.

Vacinação conta a covid-19

Questionado se viu uma mudança de postura do governo Bolsonaro no que diz respeito à vacinação contra a covid-19, Temer afirmou que vê uma atitude diferente no âmbito federal, especialmente depois que o Ministério da Saúde anunciou que distribuirá a CoronaVac, vacina produzida pelo Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo, a todos os estados.

"Isso significa pacificação na politização que se verificou ao longo do tempo e que não fui útil para ninguém. Cada um deveria cumprir, como cumpriu, seu papel, mas também deveriam unir todos os seus esforços. Espero que essa politização fique inteiramente superada e que a principal preocupação seja o que constituição determina, que a saúde seja direito de todos", declarou.