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Maia diz que problemas com insumos da China são técnicos e não políticos

15.jan.2021 - O Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que teve reunião 'muito positiva' com embaixador da China Imagem: Danilo M. Yoshioka/Futura Press/Estadão Conteúdo

Kelli Kadanus

Colaboração para o UOL, em Brasília

20/01/2021 11h52Atualizada em 20/01/2021 12h20

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse hoje que teve uma reunião "muito positiva" com o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, e que a questão da liberação dos insumos para a fabricação das vacinas contra a covid-19 é "técnica" e não "política".

"Ele de forma clara deixou a informação de que junto com o governo chinês estão trabalhando para acelerar a exportação dos insumos, resolver rapidamente a questão dos trâmites técnicos, mas eu senti com clareza que os conflitos políticos não estão dentro desse atraso que ocorreu, que a questão é de fato técnica", disse Maia, em entrevista à Globonews.

A demora na chegada dos IFAs (Ingrediente Farmacêutico Ativo) da China prejudica a fabricação da CoronaVac pelo Instituto Butantan e da vacina de Oxford/Astrazeneca, que será produzida pela Fiocruz. Apesar de estarem prontos para o envio, os insumos ainda aguardam liberação do governo chinês.

Maia disse que não entrou em detalhes com o embaixador sobre a questão de prazos.

Questionado se saiu do encontro com a sensação de que as relações entre Brasil e China estão "normais", ele disse que neste momento, em que há recrudescimento da pandemia em vários países, as questões políticas não devem ser prioridade.

Integrantes do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), como o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, são autores de ataques recorrentes ao governo da China. Filho do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que também é presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, chegou a dizer que a "ditadura chinesa" é responsável pela pandemia. Bolsonaro também já se referiu ao coronavírus como "vírus chinês".

"Questões políticas não devem ser prioridade na nossa relação. Todos sabemos da dificuldade em relação às críticas exageradas do governo brasileiro à China, a gente sabe como reagiu já no passado o embaixador da China, mas neste momento acho que não cabe focar nesse problema", afirmou Maia.

A China certamente sabe da importância do Brasil na relação bilateral é muito grande, que os governos são transitórios e é isso que se espera, que esse governo dure uns quatro anos no máximo Rodrigo Maia

O presidente da Câmara também afirmou que, segundo informações que recebeu da embaixada, não houve nenhuma tentativa de diálogo por parte do governo brasileiro. "Infelizmente a questão ideológica tem prevalecido em relação a salvar vidas no Brasil", disse.

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